Com Paulinho ausente e Oscar 'sumido', seleção sofre para criar

Fernando Duarte

Do UOL, em Salvador

Se a hipótese de a seleção sentir a ausência de Paulinho era mais do que plausível, a falta feita pelo corintiano ficou ainda mais evidenciada na vitória por 4 a 2 contra a Itália por causa do "sumiço" de Oscar. Sua atuação apagada deixou a seleção desprovida de seus dois principais articuladores para enfrentar um adversário cuja organização tática prometia criar problemas.

Coube a Hernanes, jogador que atua na Liga Italiana, a tarefa de substituir um jogador que marcou dois gols nas últimas quatro partidas da seleção, incluindo a estreia na Copa das Confederações, contra o Japão. O meia da Lazio não se mostrou tão confortável quanto Luiz Felipe Scolari torcia. Indo à frente, não teve a mesma desenvoltura de Paulinho.

A carência ficou ainda mais evidente numa tarde em que Oscar voltou a jogar de forma discreta, consequência do acúmulo de mais de 70 jogos por clube e seleção na temporada. Contra México e Japão, Luiz Gustavo teve de atuar quase como um líbero para compensar os avanços de Paulinho. Contra os italianos, a movimentação foi bastante diferente.

Felipão, que tanto vinha pedindo proteção à subida dos laterais, deve ter falado alguns palavrões quando Hernanes não agiu um pouco mais rápido para tentar  "abafar" Balotelli antes de o italiano dar a assistência para o gol de Giacherinni. A entrada de Fernando como terceiro volante, no lugar de Hulk, foi em parte também motivada por esse desequilíbrio, e na teoria deveria ter dado mais alavancagem para que Hernanes subisse mais, inclusive para tentar interferir mais na construção de jogadas da Itália.

Não fez bem uma coisa nem outra, algo que poderá deixar Felipão preocupado caso Paulinho não esteja 100% para a semifinal em Belo Horizonte na quarta-feira.

 

 

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