Marin muda rotina e coloca seu candidato em ônibus da seleção
Ricardo Perrone
Do UOL, em Fortaleza
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Ricardo Stuckert/CBF
Marin presenteia o governador do RS Tarso Genro: cartola cria agenda paralela
José Maria Marin quebrou sua rotina de manter distância da delegação da seleção brasileira e foi para o Castelão no ônibus do time nesta quarta-feira. O presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) estava acompanhado de seu candidato para sucedê-lo, Marco Polo Del Nero.
Marin vinha ficando longe da seleção sob a alegação de que gosta de dar liberdade para a comissão técnica e os jogadores. "Quero que eles fiquem à vontade", diz o cartola.
Pouco antes do início da Copa das Confederações, o dirigente abandonou a reclusão que adotou depois que passou a ser criticado por sua relação com o regime militar em seus tempos de deputado. Segundo sua assessoria de imprensa, Marin teve contato com o time na capital. Também presidente do COL (Comitê Organizador Local), ele assistiu à abertura da competição, em Brasília, ao lado da presidente Dilma Rousseff. O dirigente também organizou um evento na capital federal para receber homenagem do governador Agnelo Queiroz e recentemente deu uma entrevista para a Rádio Bandeirantes.
O jogo escolhido por Marin para pegar carona com a delegação foi justamente o mais tenso até agora. Conflitos violentos entre policiais e manifestantes aconteceram perto do estádio, mas não afetaram o ônibus da seleção brasileira, sempre protegido por uma forte escolta.
Ao acompanhar Marin no ônibus, Del Nero, vice-presidente da CBF, teve oportunidade de se aproximar dos jogadores. Ele deverá enfrentar Andrés Sanchez na eleição para a presidência da entidade no primeiro semestre do ano que vem.
O ex-presidente corintiano ganhou nesta quarta o apoio público do ex-lateral Roberto Carlos, que também foi ao Castelão para ver Brasil x México e falou sobre a votação na CBF. Presidentes das federações e de clubes da Série A são os eleitores.