Uma das principais atrações da Copa das Confederações, o italiano Balotelli está mostrando que não é só marra que trouxe ao Brasil, mas também futebol. Em duas rodadas do torneio, marcou dois gols e está entre os artilheiros, ao lado de Neymar.

Na vitória por 4 a 3 sobre o Japão, na Arena Pernambuco, na noite de quarta-feira, encontrou dificuldades para superar a bem postada zaga japonesa. Mas ainda assim marcou seu segundo gol no torneio ao usar uma das qualidades até hoje infalíveis: cobranças de pênalti.

No duelo contra os japoneses, ele marcou o terceiro gol em cobrança de penalidade, sem chances para o goleiro rival.  Esta foi a 24ª cobrança do jogador de 22 anos na carreira profissional, sem nunca ter errado.

Converteu três pênaltis pela seleção italiana, seis por seu atual clube, o Milan, seis pela Inter de Milão e nove pelo Manchester City.

Após o jogo, mostrou sua tradicional marra em gesto que já vem se tornando rotina ao ser abordado  pela imprensa que tenta tirar uma palavra: ignora e dá risada. Foi assim também na zona mista após a vitória sobre o México, no Rio. Fato que voltou a se repetir no Recife.

O atacante passa com sorriso em tom de deboche com as mãos nos bolsos e raras vezes escolhe alguma câmera para fazer um ou outro sinal, no máximo.

Fato é que o jogador tem tido muito bom desempenho na seleção italiana com o técnico Cesare Prandelli. Na terça, véspera da partida, o treinador foi questionado de que forma consegue domar o jogador e ser um dos poucos técnicos com que não teve polêmica e o que lhe faz viver uma das melhores fases.

Prandelli teve dificuldade para responder ao argumentar que nem ele mesmo sabe o que se pode esperar de Balotelli por sua personalidade com várias facetas. E diz que o ambiente de jogadores vencedores na Azzurra ajuda o polêmico jogador a amadurecer.

 "Falar sobre o Mario é difícil porque você nunca sabe o que ele vai fazer de uma hora pra outra", falou. "Ele se reuniu com jogadores que já haviam ganhado muito e que querem continuar ganhando. Nossa tarefa é criar condições para que ele possa aprender o máximo e evoluir. Mas ele tem que fazer a parte dele."