Governador do Ceará vê excesso de manifestantes e diz que população quer estádio
Luiz Paulo Montes, Mauricio Stycer e Ricardo Perrone
Do UOL, em Fortaleza
O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), viu com normalidade os confrontos da policia com manifestantes que antecederam a vitória do Brasil sobre o México por 2 a 0, no Castelão. O político disse que os conflitos foram iniciados pelos manifestantes e fez questão de afirmar que a população cearense era a favor da reforma do estádio.
"A prioridade era o espaço do jogo, garantir o acesso de 70 mil expectadores e do ônibus da seleção. Vi muitas imagens... Tinha três bloqueios. O primeiro era mais flexível. Se passasse do segundo, tinha o terceiro. Nesse terceiro, houve algum excesso por parte dos manifestantes. Infelizmente, houve uma minoria que tentou enfrentar os policias", comentou o governador.
O UOL Esporte testemunhou um cenário de guerra nos arredores do Castelão. Manifestantes e a polícia militar entraram em confronto direto com confusão encerrada apenas após o início da partida.
O repórter Luiz Paulo Montes foi um dos agredidos pela polícia no meio do conflito. Mesmo portando a credencial da imprensa e se identificando, ele foi vítima de tiro de borracha e golpe de cassetete.
O governador do Ceará também ressaltou que os manifestos contra os gastos da Copa do Mundo representam uma minoria e que grande parte da população do Ceará apoiou a reforma do estádio Castelão da forma que aconteceu.
"Importante é que houve a manifestação e mesmo assim o Brasil ganhou", ironizou Gomes. "Respeito quem acha que não deveria mexer no estádio, mas a maioria da população do Ceará queria o estádio [reformado]", completou.