Uma vitória por 6 a 1 na estreia da competição poderia ser sinônimo de tranquilidade para as seleções da Copa das Confederações. Mas não foi exatamente isso o que ocorreu com a Nigéria nesta segunda-feira, após a goleada contra o Taiti no Mineirão. Nem mesmo o placar elástico acalmou os ânimos dos africanos.

Ainda em meio a polêmica sobre a premiação dos jogadores, o técnico da equipe, Stephen Kesh, não gostou de ser questionado sobre o tema por dois jornalistas presentes à entrevista coletiva após o jogo.

"Isso já passou. Já está resolvido. Não quero saber disso. Temos que falar apenas do jogo, nos preocupar só com isso", esbravejou, antes de ser novamente questionado e informado que um de seus jogadores havia falado o contrário na véspera.

"Já se passaram quatro dias e não vamos falar sobre isso. Mas é claro que podemos conversar novamente sobre essa questão depois do torneio", disse o goleiro, capitão e líder do elenco, Vincent Enyeama, um dia antes do jogo.

Em ambas as entrevistas, era claro que o assunto virou um tabu e ainda incomoda os nigerianos. Acostumados a sorrisos e cordialidade durante a entrevista, os jogadores africanos fecham logo o semblante quando o imbróglio sobre premiações é abordado.

E, pelo visto, nem mesmo uma brilhante campanha na Copa das Confederações poderá mudar isso. A tendência, segundo a imprensa nigeriana que acompanha a seleção, é que uma solução definitiva só ocorra após o torneio, na volta ao país.

Dentro de campo, a Nigéria tem a melhor campanha da competição, com uma vitória e cinco gols de saldo. A equipe volta a campo na próxima quinta-feira, em Salvador, para encarar o Uruguai.