No dia 21 de maio de 1933, a seleção espanhola conseguiu a maior goleada de sua história, derrotando a Bulgária por 13 a 0 em uma partida amistosa. O atacante Chacho marcou seis vezes no jogo disputado no estádio de Chamartín, antiga casa do Real Madrid. Oitenta anos depois, a Fúria atravessa o melhor momento de sua história e tem direito de sonhar com outra façanha artilheira dessa magnitude.

Depois da estreia vitoriosa na Copa das Confederações, batendo o Uruguai no Recife por 2 a 1 no último domingo, os espanhóis partem para o Rio de Janeiro, onde enfrentarão o Taiti na quinta-feira. Nada menos do que 137 posições separam as duas seleções no ranking da Fifa (1º e 138º lugares), em comparação que já sugere uma goleada inevitável.

Acrescente a essa expectativa o desempenho arrasador de Iniesta, Xavi e companhia no primeiro tempo contra o Uruguai na Arena Pernambuco. A Espanha praticamente não deixou o rival pegar na bola e poderia ter ido ao intervalo com uma vantagem bem maior do que o placar parcial de 2 a 0, se não fosse as oportunidades desperdiçadas.

Do outro lado, o amador Taiti vem ao Brasil com a missão de não passar vexame.  Há poucos dias foi batido em um amistoso por 7 a 0 pela seleção sub-20 do Chile. Com todos esses elementos, o encontro entre as duas seleções no Maracanã desde já promete entrar para os almanaques de futebol.

Ainda no jogo do Recife, no último domingo, o técnico do Uruguai, Óscar Tabárez, comemorou não ter levado mais gols dos espanhóis.

"Tratamos de ser mais lógicos, mas era difícil manter a calma e o equilíbrio, pelo o que foi o primeiro tempo. A derrota por gols poderia ter sido catastrófica", comentou o treinador uruguaio.

Antes do desafio contra a Espanha no Maracanã, no entanto, a seleção do Taiti oferece seu cartão de visitas na Copa das Confederações nesta segunda-feira, diante da Nigéria, no Mineirão.