Balotelli marcou o gol da vitória da Itália diante do México por 2 a 1 neste domingo. Na comemoração, fez a tradicional pose de fisiculturista. Sem camisa. E levou o cartão amarelo. Se depender do técnico Cesare Prandelli, ninguém mais verá o "tanquinho" do atacante. "Já conversamos bastante com ele. Todos já conhecem seus músculos. Não precisa mais tirar a camisa para mostrar", brincou o treinador, ao ser questionado sobre o tema.

O bom-humor do comandante italiano, porém, revela um temor real: com o cartão amarelo que levou, seu atacante vai jogar pendurado os próximos dois jogos. Se voltar a ser advertido, pode ficar fora de jogos chave: o duelo contra o Brasil, último da primeira fase, ou a semifinal, se os italianos conquistarem a vaga.

Ficar sem o jogador, aliás, seria um desastre. É verdade que Pirlo foi bem neste domingo e abriu o placar. Mas a função de Balotelli na Itália, no comando de ataque, é importantíssima para o sistema de jogo implantado Prandelli. E, o pior, só ele no elenco tem as características para exercê-la.

Tanto que, contra o México, o polêmico atacante brilhou sem dar bola para as vaias. "Não percebi que ele foi vaiado. Ele estava conectado e motivado durante os 90 minutos do jogo e foi premiado com um gol no fim", elogiou Prandelli. "A torcida talvez esteja condicionada pela maneira como ele se apresenta fora de campo. Mas hoje ele foi muito bem", completou.

Ao fim da partida, o próprio Balotelli abordou o assunto. Disse que não sabia que dois cartões amarelos valiam suspensão na Copa das Confederações – no Campeonato Italiano, por exemplo, são cinco advertências antes da punição. E prometeu não tirar mais a camisa para comemorar.

Alguns dos jogadores criticaram o atacante por ter tirado a camisa, caso do meia-atacante Giaccherini. "São apenas dois jogos que suspendem. Mario tem que tomar cuidado com essa situação", falou.

Já o goleiro e líder Buffon preferiu contemporizar. "N ão penso que tenha sido o único que tomou cartão por tirar a camisa", disse o arqueiro.