Polícia usa bombas, atropela manifestantes e dispersa protesto no Mané Garrincha

Vinicius Segalla

Do UOL, em Brasília*

Um grupo de manifestantes entrou em confronto com a polícia militar do Distrito Federal na entrada do estádio Mané Garrincha na tarde deste sábado, palco da abertura da Copa das Confederações entre Brasil e Japão. A Tropa de Choque reagiu com bombas de efeito moral e gás de pimenta. No total, até nove detenções foram feitas até às 15h15. 

Quando a situação já estava normalizada, o confronto começou e a PM voltou a usar balas de borracha e bombas. Cerca de 30 protestantes estavam ajoelhados e a Tropa de Choque avançou com escudos e gás de pimenta. 

O conflito entre policiais e manifestantes teve algumas idas e vindas. Depois de uma primeira ação da polícia, o grupo recuou, mas voltou a tentar se aproximar do estádio, quando foram feitas novas detenções.   

Dez minutos depois, a situação se normalizou, os manifestantes foram dispersados e a polícia desfez a formação de combate, mas continuou na região para evitar novos protestos. Por meio dos alto falantes, a organização da Copa das Confederações agradeceu e parabenizou a ação da PM, que "garantiu a realização e tranquilidade do evento".

Foram cerca de 15 bombas de efeito moral usadas pela polícia militar na primeira meia hora da ação. Pelos alto falantes, os voluntários da Fifa que tentavam organizar a entrada do público pediam para os torcedores não esfregarem os olhos por conta do gás de pimenta. 

A polícia também usou viaturas para tentar abrir espaço na chegada ao estádio e atropelou mais de um torcedor, segundo imagens da Globo News.

Gabriel Germano, um dos manifestantes, foi atingido por uma bala de borracha disparada por um policial durante o confronto. O jovem foi atendido por soldados do Corpo de Bombeiros que estavam no local. 

"Estava parado, mas eles tentaram nos tirar da rua. Nosso protesto é sem violência", disse o manifestante.

Por volta das 12h, cerca de 600 manifestantes iniciaram um protesto no acesso ao estádio Mané Garrincha. O grupo se posiciona contra a realização da Copa do Mundo no país e alega que o dinheiro utilizado para a realização do Mundial poderia ser usado em educação e saúde. A construção do estádio em Brasília consumiu cerca de R$ 1,5 bilhão dos cofres públicos.

Após um início de protesto pacífico, houve correria e tumulto por volta das 13h30. Controlados pela Tropa de Choque, os manifestantes passaram a chamar a atenção dos torcedores que estavam na fila para entrar no Mané Garrincha com gritos de "vendidos" e "vocês também estão sendo roubados" . O clima ficou tenso e houve princípio de confusão.

No final, um grupo de manifestantes tentou agredir o repórter Vladmir Netto, da TV Globo, que foi defendido por outros repórteres que estavam por perto. Então começou um princípio de confusão entre os dois grupos, que logo foi dispersado.

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*Atualizado às 15h16

 

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