Com "sotaque" europeu, Japão encara sua fonte de inspiração na estreia

Mauricio Stycer

Do UOL, em Brasília

  • Flavio Florido/UOL

    Sob o comando do técnico italiano Alberto Zaccheroni, o Japão enfrenta o Brasil neste sábado

    Sob o comando do técnico italiano Alberto Zaccheroni, o Japão enfrenta o Brasil neste sábado

O futebol brasileiro e vários de seus ídolos, a começar por Zico, são considerados responsáveis pelo impulso que o esporte teve no Japão nas últimas décadas. Mas ao estrear na Copa das Confederações justamente contra a sua principal fonte de inspiração, a seleção japonesa vai testar o impacto de uma outra influência, não menos importante, a da cultura futebolística europeia.  

O Japão que entra em campo neste sábado, às 16h, no estádio Mané Garrincha, é dirigido pelo italiano Alberto Zaccheroni, experiente técnico com passagens por Juventus, Milan, Inter e Lazio, entre outros.  
 
Sob seu comando, a seleção conquistou a Copa da Ásia, em 2011, e há duas semanas foi a primeira a obter classificação para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. O time que Zaccheroni dirige é o mais "globalizado" da história do futebol japonês. Dos 23 jogadores convocados para a competição, 14 atuam no futebol europeu, oito deles na Alemanha.
 
"Quando cheguei no Japão, poucos jogavam no exterior", diz Zaccheroni. "Muitos países começaram a olhar os jogadores japoneses. Se você compra um produto e ele funciona, você lembra desta marca. É uma vantagem para o grupo, a experiência que trazem".
 
Na única entrevista que deu no Brasil desde a chegada da seleção, na véspera da partida, o técnico se mostrou bem cauteloso quanto às possibilidades da equipe na Copa das Confederações. "Melhoramos muito nos últimos anos, mas ainda não estamos prontos para jogar com os times mais fortes do mundo de igual para igual", disse. "Ainda existe um hiato. Mas essa competição e a Copa em 2014 nos mostrarão o quanto falta".
 
A derrota para o Brasil por 4 a 0, em partida disputada na Polônia, em 2012, não impressionou tanto Zaccheroni."Foi um amistoso". Ainda assim, o técnico é só elogios ao futebol brasileiro. "Hoje o Brasil joga de forma mais compacta e organizada. Surpreende não apenas por conta de suas individualidades, mas também por causa do jogo coletivo." 

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