"Nós só queremos um campinho para treinar", desabafa Lugano após mais um dia de penúria no Recife
Vinicius Mesquita
Do UOL, no Recife
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AP Photo/Victor R. Caivano
Zagueiro criticou organização da Copa das Confederações após treino desta sexta-feira
A seleção do Uruguai já é uma das campeãs de sofrimento desta Copa das Confederações. Nesta sexta-feira, os uruguaios foram obrigados a praticar o futebol no Centro de Treinamento do Sport, em Paulista, a 18 quilômetros de distância da concentração da equipe, um dos campos aprovados pela Fifa. Porém, para chegar ao local, o ônibus da delegação rompeu uma estreita e esburacada estrada de terra, deteriorada pelas fortes chuvas que atingem Recife há mais de uma semana. Jogadores perderam quase três horas saltitando dentro do veículo (ida e volta).
"Nós queríamos só um campinho para jogar. Não estamos pedindo muito. Não quero tratamento vip, hotel cinco estrelas. Nada. Queríamos encontrar aqui só um campinho em boas condições e próximo do hotel. Espero que isso seja uma crítica construtiva para o torneio. Porque a organização não pode ser assim", disse o zagueiro Lugano, chateado com a situação enfrentada nesta sexta-feira.
O local oficial para receber os treinos da seleção do Uruguai é o estádio do Santa Cruz, o Arruda, situado em região mais central e em melhores condições para receber uma equipe de grande porte. Porém, por causa das chuvas incessantes, o sistema de drenagem do gramado do Arruda não deu conta e as condições do terreno ficaram impraticáveis
"Espero que isso possa ser arrumado. O Brasil vai organizar a Copa do Mundo e eu torço para que tudo dê certo. O Brasil vai representar a América do Sul e isso será importante para todos nós", disse Lugano. "Imagine se fosse uma equipe europeia que estivesse enfrentando tudo isso? A reação seria muito pior. Nós não, somos uruguaios, aguentamos qualquer coisa", completou.