Diretor de segurança da Copa prevê mais protestos e assegura liberdade de manifestação

Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

O diretor de operações da Sesge (Secretaria Extraordinária para Segurança de Grandes Eventos), José Monteiro, disse nesta sexta-feira que espera mais protestos em cidades-sede da Copa das Confederações durante o torneio. Segundo ele, o monitoramento das manifestações foi incluído no planejamento do evento. Ele afirmou, aliás, que as forças de segurança atuarão para garantir a liberdade de manifestação.

"Elas [as manifestações] ocorrerão e é salutar que ocorram", afirmou Monteiro, em entrevista coletiva no Rio de Janeiro. "A polícia está acompanhando essas manifestações para garantir que elas ocorram, e também para garantir que outras pessoas tenham seus direitos, como o de ir e vir, garantidos."

Monteiro foi uma das autoridades responsáveis pela segurança e defesa da Copa das Confederações que participou de um evento nesta tarde, no centro de mídia montado pelo governo federal no Forte de Copacabana. Além dele, representantes das Forças Armadas, da Polícia Militar do Rio de Janeiro e do Corpo de Bombeiros estiveram no encontro com jornalistas.

Nenhum dos presentes condenou as manifestações ocorridas ontem e hoje em Brasília, Rio de Janeiro e Salvador, cidades-sede da Copa das Confederações. Nenhum deles também se manifestou sobre as queixas de abusos de policiais na contenção de um protesto em São Paulo, que não recebe o torneio deste ano, mas é sede da Copa do Mundo de 2014.

"É necessário esperar a apuração dos fatos para ver se houve algum excesso", afirmou Monteiro, sobre o comportamento da Polícia Militar de São Paulo. "Acreditamos que o governo de São Paulo tem a experiência e a capacidade para que os problemas com as manifestações sejam resolvidos da melhor maneira possível."

Sobre o monitoramento dos protestos na Copa das Confederações, o diretor da Sesge afirmou que isso é um ponto de atenção no plano de segurança do evento. Segundo ele, todas as forças municipais, estaduais e federais vão atuar de forma coordenada se necessário, mas os protestos não serão proibidos.

"A Constituição Federal garante o direito de livre manifestação. Isso não muda", afirmou Monteiro. "A população pode permanecer onde quiser fora de onde é necessário a apresentação de ingressos."

A Sesge é o órgão federal que coordena toda a segurança dos grandes eventos esportivos. Na Copa das Confederações, a secretaria vai organizar a ação de 45 mil agentes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, polícias, etc.

A Sesge trabalha junto com as Forças Armadas na proteção do torneio. De acordo com o general Jamil Megid, 19,4 mil homens  trabalham na defesa do Brasil durante a Copa das Confederações.

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