Itália vê reclamações de Buffon, pressão e mudanças no time após tropeço
Pedro Ivo Almeida
Do UOL, no Rio de Janeiro
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AFP PHOTO / VINCENZO PINTO
Jogadores do Haiti comemoram gol de empate contra a Itália em São Januário
Bastou um empate por 2 a 2 com o Haiti, na última quarta-feira, para que o ambiente na seleção italiana deixasse de ser tranquilo. Após passeios na praia e descontração nos primeiros dias de Brasil, a equipe Azzurra já começou a viver a pressão por bons resultados nesta quinta.
Após o goleiro Buffon dizer a jornais italianos que a equipe deveria ter uma postura menos presunçosa, achando que poderia vencer qualquer rival, o zagueiro Chiellini respondeu as declarações do capitão.
O defensor acha que o goleiro estava um pouco irritado após o empate e disse que o tropeço diante do Haiti não poderia trazer à tona o fantasma de um mau resultado na Copa das Confederações, como ocorreu em 2009.
"O Buffon é o capitão e líder. Se ele falou, temos que prestar atenção e seguir. Mas acredito que ele falou em um momento de irritação pelo resultado. E as condições do jogo de ontem foram proibitivas, cansaço, time sem treinar. Se não jogamos 100%, todos se queixam. Não devemos lembrar da África do Sul de 2009 [eliminação na primeira fase]. A situação é outra. Embora as pessoas vejam esse jogo de ontem como fraco, para o grupo vai ser importante. Vamos usar de exemplo e nos recuperar", ressaltou Chiellini.
El Shaarawy barrado
Pressionada, a seleção da Itália voltou a campo na tarde desta quinta-feira. De olho na estreia da Copa das Confederações, no próximo domingo, contra o México, a equipe do técnico Cesare Prandelli realizou uma atividade tática de pouco mais de uma hora no campo anexo do Engenhão e mostrou que o time deverá ter mudanças no fim de semana.
O comandante da Azzurra mostrou não estar satisfeito com o desempenho da equipe nos últimos jogos e optou por mudar a formação tática. Prandelli barrou o atacante El Shaarawy e montou a Itália no esquema 4-2-3-1, com apenas Balotelli no ataque. Aquilani, Marchisio e Montolivo montaram a linha de três homens no meio, à frente dos volantes De Rossi e Pirlo.