Fred revela clima ruim com Mano e ironiza críticas sobre movimentação
Fernando Duarte
Do UOL, em Goiânia
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Flávio Florido/UOL
Atacante Fred domina bola durante o último treino da seleção brasileira em Goiânia
O centroavante Fred admitiu na entrevista coletiva dada na tarde de quarta-feira em Goiânia que não tinha um bom relacionamento com Mano Menezes. Um dos principais jogadores da gestão de Luiz Felipe Scolari na seleção brasileira, o atacante foi por diversas vezes ignorado por Mano em convocações, chegando a perguntar publicamente se o treinador tinha algum problema com ele.
"Tentei me afastar das polêmicas, mas havia um problema. Ele não gostava de jogar com centroavante. Aliás, alguns de vocês (jornalistas) também não", disse o jogador, que poderá acabar se reencontrando com o desafeto caso Mano acerte com o Flamengo.
Fred, que falou pouco antes da viagem da seleção a Brasília, palco da estreia na Copa das Confederações, ironizou na tarde desta quarta-feira os comentários sobre sua pouca movimentação em campo. Numa entrevista coletiva antes do embarque da seleção para a capital, o atacante do Fluminense disse que não está preocupado com a quantidade de território que cobre em cada partida. "Se eu faço gols, vocês dizem que só faço isso. Se corro e não faço gols, viro burro. Aprendi no futebol a correr na hora certa", brincou o jogador.
Principal artilheiro da 'Era Felipão', com quatro gols em cinco jogos, Fred disse já estar completamente curado da lesão na costela que lhe causou algumas dores na Libertadores e no início do trabalho com a seleção. Ele tampouco se mostrou preocupado com a possibilidade de lesões às vésperas do início da Copa das Confederações. "Não tenho medo, mas você procura colocar a perna para cima, diminuir o ritmo Todo mundo vai ter dor, mas se você sente a coxa, não vai dar 20 chutes no treino, dá oito".
Fred minimizou o jejum de gols de Neymar, que ainda não marcou nas cinco partidas em que Felipão pôde convocar todos os jogadores à disposição. "O Neymar é o nosso mais importante jogador, de maior nível técnico. O moleque tem vitória na veia e nunca correu de porrada. Está sempre brigando, voltando".
O centroavante também comentou o fato de aparecer pouco nas estatísticas como ações, em que por vezes mesmo reservas já o superaram. "Meu negócio é meter gol em todos jogos. Prefiro chuta meia vez e fazer um do que chutar 10". Nessa missão deve ajudar a bola Cafusa, da Adidas. "Eu adorei essa bola, porque você dá três chutes e e ela faz três curvas. Vou soltar a perna. Ela vai ser problema para nossos goleiros