Para romper isolamento, repórter joga o microfone para Hernanes
Mauricio Stycer
Do UOL, em Goiânia
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Reprodução
Hernanes deu uma entrevista diferente para a ESPN Brasil
Protegida por batedores da Polícia Militar, a seleção brasileira se reapresentou em Goiânia na manhã desta terça-feira. O esforço de se manter isolada do público e da imprensa foi bem-sucedido, salvo por um detalhe. Sem acesso aos jogadores, o repórter Andre Plihal, da ESPN Brasil, conseguiu falar com Hernanes depois de jogar o microfone na direção do jogador.
O volante da seleção foi o único que não entrou direto no Hotel Mercure, onde está hospedada a seleção, depois descer do ônibus. Foi buscar a própria mala, se deixou fotografar e deu autógrafos aos fãs. Não tinha como se aproximar dos repórteres, porém. Foi quando Plihal teve a ideia de jogar o microfone sem fio para o jogador.
Hernanes aceitou e disse algumas palavras. A situação foi tão surreal que o próprio Plihal não ouviu as respostas do jogador. O repórter fez duas perguntas, uma sobre a importância da seleção estar próxima do público e outra sobre como Hernanes vê a sua situação no time. A reportagem vai ao ar no programa "SportsCenter".
"O isolamento desta seleção só não é maior do que na era Dunga", diz Plihal, que cobre a seleção brasileira desde 1999 . "Em 2010, caso o Hernanes tivesse aceitado pegar o microfone, ele seria cortado pelo Dunga", brinca o repórter.