Itália ouve "olé" em São Januário, empata com Haiti e vê delírio da torcida
Pedro Ivo Almeida
Do UOL, no Rio de Janeiro
-
Julio Cesar Guimaraes/UOL
Mario Balotelli e El Shaarawy acompanham do banco o jogo
A torcida contra do pouco público presente foi suficiente para que a seleção da Itália fosse parada pelo fraco Haiti, nesta terça-feira, no estádio de em São Januário, no Rio de Janeiro.
Os italianos venciam por 2 a 0, no único teste no Brasil antes da estreia na Copa das Confederações, marcada para o próximo domingo contra o México, no Maracanã. Mas cederam o empate no segundo tempo e viram a torcida delirar com a zebra.
O técnico Cesar Prandelli mandou a campo uma equipe totalmente desfigurada, com 11 reservas. Somente na segunda etapa entraram alguns dos titulares, como Balotelli e El Shaarawy.
O camisa 9 do Haiti, Saint Preux, foi a grande atração da partida. Quando substituído, foi muito festejado e mandou até beijinho para a torcida.
A "Azurra" ouviu dos 3.257 torcedores gritos de incentivo ao time da América Central durante quase toda a partida. Os gols dos haitianos foram comemorados efusivamente.
No começo do jogo, a cada toque para o lado dado pelos haitianos saiam gritos de "olé". Um esboço de drible, então, gerava ainda mais entusiasmo na arquibancada.
O jogo mal começou e já saiu um gol. Logo aos 20 segundos de partida, Giaccherini aproveitou cruzamento da esquerda e falha da zaga para abrir o placar.
Mas se enganou quem pensou que isso seria um indício de chuva de gols ainda no primeiro tempo. A equipe europeia passou a tirar o pé das jogadas e evitar o desgaste com o calor e sol no estádio do Vasco.
Os italianos conduziam a partida em ritmo sonolento, enquanto o Haiti quase não incomodava. Vivia dos gritos da torcida a cada bom lance parcialmente executado.
A única chance de ampliar o placar na primeira etapa foi em uma falta cobrada por Diamanti, aos 44min. Mas bateu na rede pelo lado de fora.
O segundo tempo começou como terminou o primeiro: com Itália em ritmo lento e pouco querendo jogo. Quase foi punida com o gol de empate do Haiti, que por alguns momentos quase assustou.
Na melhor chance do time da América Central, aos 8 min, após cobrança de escanteio La France cabeceou sozinho e por pouco não acertou o gol. Prandelli se cansou e colocou Balotelli e Montolivo no jogo. Mais tarde, entraram Marchisio e El Shaarawy.
As trocas deram certo, e três dos jogadores que entraram fizeram a jogada do segundo gol. Aos 26min, Balotelli fez jogada pela direita e cruzou. El Shaarawy chutou em cima do goleiro, mas Marchisio pegou o rebote e marcou.
Mas a torcida local começou a verdadeira festa aos 38min. Maurice penetrou pelo lado esquerdo e foi derrubado por Astori. Saurel bateu e converteu.
Oito minutos depois, o que parecia impossível aconteceu. Peguero recebeu lançamento longo na esquerda da meta, saiu da marcação e dominou de peito para finalizar com chute cruzado: 2 a 2 e muita festa da torcida em São Januário.
Veja também
- Pote errado e bolinhas devolvidas: Cinco bizarrices que rolaram em sorteios
- Ex-técnico mexicano recorda vitória contra o Brasil, em 2005: 'Preguiçosos'
- Arnaldo Ribeiro: "O 'favoritaço' surgiu depois de Brasil x Espanha em 2013"
- Brasil x Espanha em 2013 despertou o complexo de pitbull do nosso futebol