Operários pedem ingresso, mas ficam fora da Arena para amistoso
Luiz Paulo Montes e Mauricio Stycer
Do UOL, em Porto Alegre
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Maurício Stycer/UOL
Operários pediram ingressos, mas ficaram fora do estádio
"Nem TV tem. A do alojamento tá quebrada", lamenta Glauber, ajudante geral de uma empresa que presta serviço à OAS, responsável pela obra e manutenção da Arena Grêmio. Ele e outros 31 operários estão de plantão para o caso de um reparo de urgência antes ou durante a partida entre Brasil e França neste domingo.
Sentados no chão, encostados diante do alojamento, a 100 metros do estádio, eles reclamam que pediram ingressos para o jogo, mas não ganharam nada.
"Podiam dar uma pulseirinha, pelo menos", diz um servente, que pede para não ser identificado. "Dava pra ver o jogo em pé mesmo, de qualquer canto. A gente tá revoltado".
"Isso aqui é absurdo. A gente ajudou a levantar isso daqui e não deram um ingresso", protesta outro. "Esqueceram da gente. Só lembram quando tem alguma coisa pra arrumar".
Comprar o ingresso, nem pensar. O preço é proibitivo. "A gente eles não querem. Só querem os mauricinhos", diz um servente.