Fifa e Brasil veem turismo quase insignificante para a Confederações

Rodrigo Mattos

Do UOL, em São Paulo

  • Érica Ramalho/Governo do Rio de Janeiro

    Maracanã é o estádio que receberá maiores públicos na Copa das Confederações

    Maracanã é o estádio que receberá maiores públicos na Copa das Confederações

A Copa das Confederações não servirá nem para movimentar o turismo externo, nem interno. O número de pessoas que viajará para assistir aos jogos será quase insignificante, segundo demonstram dados da Fifa (Federação Internacional de Futebol) e do setor de hotelaria do país. Normalmente, essa competição atrai poucos estrangeiros, mas, no caso brasileiro, nem os locais devem se deslocar para ver partidas.

Até agora, foram vendidos 640.635 ingressos, o que representa cerca de três quartos do total disponível. A Fifa informou que mais de 97% bilhetes foram para torcedores nacionais, sendo menos de 3% para torcedores de outros países. Esses número pode mudar um pouco com a última fase de venda de bilhetes, que se inicia neste sábado. Mas não haverá grandes alterações no cenário.

O índice de estrangeiros é similar ao da África do Sul-2010 e da Alemanha-2006, segundo a entidade máxima do futebol. "Os fãs internacionais vêm principalmente do México, EUA, Japão, Espanha e Itália, nesta ordem", informou a Fifa sobre a atual edição.

"Não houve impacto nenhum de estrangeiros. Na realidade, a Match (parceira da Fifa para viagens) já tinha passado para nós que o importante da Copa das Confederações eram os testes dos estádios. Pelo histórico, já sabíamos que tínhamos que ser realistas", contou Enrico Fermi, presidente da ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis).

A questão é que a entidade de hotelaria descobriu que também não houve movimentação de turistas nacionais por conta da competição. Não houve aumento de reservas em hotéis para o período em nenhuma das seis sedes da competição, Recife, Fortaleza, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Salvador, segundo dados da ABIH.

"Tem muito pouco. O público é mais local. No máximo, um jogo em Brasília, por exemplo, atrai quem fica perto em Goiás, em um raio de quilômetros limitados. São quatro ou cinco horas de viagem. O cara vai, viajar e volta no mesmo dia", contou Fermi. O pequeno impacto que será observado será por conta de delegações oficiais - Fifa e times - e um grupo reduzido de jornalistas, segundo a ABIH. "Mesmo essa área de comunicação será pequena, bem menor do que na Copa do Mundo."

Pela lista da Fifa, até agora, o jogo México e Itália foi o que teve maior vendagem de bilhetes, até porque é a estreia em jogos de competições oficiais do Maracanã. Foram negociados 65.960 ingressos, pouco mais do que a final, também no Rio de Janeiro, e o jogo Espanha e Taiti, na mesma sede.

Com a segunda maior capacidade, o estádio de Brasília tem bom público previsto para Brasil e Japão, assim como Fortaleza terá um mais de 50 mil pessoas com a partida da seleção diante do México.

 

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