Em meio a tensão com PT, Cabral recebe FHC em tribuna do Maracanã

Ricardo Perrone e Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

Em meio a especulações sobre um rompimento com o PT, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), recebeu tucanos de alta patente na tribuna de honra do Maracanã durante a reabertura do estádio, que é do Estado do Rio. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o pré-candidato à Presidência Aécio Neves estiveram na área mais VIP do estádio, sentados bem perto de Cabral.

Cabral assistiu à partida entre o prefeito do Rio, Eduardo Paes e o presidente da CBF, José Maria Marin. No primeiro gol do Brasil contra a Inglaterra, estendeu a mão a FHC para comemorarem juntos.

O governador tem afirmado publicamente que é aliado do governo Dilma Rousseff. No entanto, nos bastidores, sabe-se que ele não está satisfeito com a possibilidade do PT lançar um candidato próprio ao governo do Estado, deixando assim de apoiar a candidatura do indicado de Cabral, o atual vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Poucos petistas, aliás, foram vistos no camarote de Cabral neste domingo. O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e o deputado Federal Vicente Cândido, que também é vice-presidente da CBF, estavam entre os poucos presentes. A presidenta Dilma não veio ao Maracanã.

No camarote ao lado da tribuna, estavam, juntos, o presidente do STF Joaquim Barbosa e o apresentador Luciano Huck.

No intervalo da partida, Huck se aproximou da tribuna de honra e trocou números de celular o Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, após uma longa e animada conversa.

Cabral, por sua vez, estava com um sorriso estampado no rosto, recebendo cumprimentos pela reabertura do estádio. No intervalo, ele deu um longo e apertado abraço no presidente da EMOP (Empresa de Obras Públicas do Rio de Janeiro), Ícaro Moreno, chefe da reforma do Maracanã.

NA VOLTA AO MARACANÃ, SELEÇÃO REPETE PROBLEMAS E EMPATA

  • Na volta ao Maracanã, a mais icônica arena com ela associada, a seleção brasileira não conseguiu inspiração suficiente para quebrar a escrita de mais de quatro anos sem vencer uma equipe da elite do futebol mundial. Novamente com problemas no meio de campo e falhas de marcação, além de encontrar dificuldades para abrir espaçõs no ataque. a equipe empatou em 2 a 2 com a Inglaterra na tarde deste domingo. Se ao menos animou o público carioca com dois gols (a última partida, em 2008, foi um 0 a 0 com a Colômbia) e deixou o campo sob aplausos, a seleção também foi vaiada em alguns momentos e o técnico Luiz Felipe Scolari ouviu gritos de "burro". O Brasil terá que esperar o amistoso de domingo com a França, em Porto Alegre, para tentar se livrar do que está se tornando uma maldição, e corrigir os problemas a tempo da estreia na Copa das Confederações, dia 15, contra o Japão, em Brasília. LEIA MAIS

COMENTARISTA, RONALDO CRITICA SCOLARI E É CORNETADO POR GALVÃO

  • Depois de mostrar fotos "estudando para o jogo", o ex-jogador Ronaldo estreou como comentarista da Globo fazendo observações previsíveis e banais no empate entre Brasil e Inglaterra por 2 a 2, no Maracanã. Classificou Neymar, cliente de sua empresa de marketing, como principal figura em campo, e teceu loas ao "padrão Fifa" do estádio reformado, no que caracterizou um elogio em causa própria, já que é embaixador e integrante no Conselho de Administração do Comitê Organizador da Copa do Mundo. Ronaldo também não foi original ao fazer críticas ao técnico Felipão, lamentando a indefinição do esquema tático da seleção – algo que nove entre dez comentaristas têm dito. LEIA A CRÍTICA DE MAURÍCIO STYCER

Veja também



Shopping UOL

UOL Cursos Online

Todos os cursos