Foi em clima de desafio aos "pessimistas" que a presidente Dilma Rousseff inaugurou o Estádio Nacional Mané Garrincha na manhã deste sábado em Brasília. "Diziam que não íamos conseguir entregar os estádios, e o que vemos são os estádios sendo entregues", disse Dilma. "E não são quaisquer estádios".

"Isso mostra a capacidade que os pessimistas de plantão que diziam que não teríamos", continuou a presidente.

"São estádios sólidos, simples e belos. Nós vamos fazer a melhor Copa do Mundo de todos os tempos", afirmou Dilma.

O Mané Garrincha foi entregue cinco meses atrasado, teve sua abertura adiada duas vezes e foi inaugurado com 97% das obras concluídas, ou seja, inacabado.

Na manhã deste sábado, durante a inauguração, muitos operários ainda trabalhavam em acabamentos gerais dentro da arena. Tapumes estavam de pé isolando área inteiras, e o aspecto geral era de uma obra que está terminando e ainda não foi limpa.

Operários que ganharam entradas viram cambistas na abertura do Mané Garrincha

Para o primeiro jogo no novo estádio, às 16h deste sábado entre Brasília e Brasiliense, pela final do Candangão (campeonato local de futebol), muitos banheiros permanecerão fechados e apenas alguma lanchonetes devem ser abertas ao público. O jogo acontece com apenas 30% dos 72 mil lugares da arena abertos.

Além da presidente Dilma Rousseff, participaram da inauguração o governador do DF, Agnelo Queiroz, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e dezenas de deputados, ministros e outras autoridades diversas. 

"Se Darcy Ribeiro dizia que o Brasil é uma nova Roma só que mais democrática, pois lavada em sangue negro e índio, essa Roma acaba de ganhar seu coliseu", arriscou o ministro do Esporte.