A Fifa promete concluir relatório sobre o escândalo de corrupção ISL nos próximos dias e, em seguida, deve divulgá-lo. Esse é caso da ex-parceira da entidade que pagou subornos a dirigentes, entre eles o ex-presidente João Havelange e o ex-comandante da CBF Ricardo Teixeira, como já revelado pela Justiça suíça. E a há a forte possibilidade de que também implique o agora ex-presidente da Conmebol Nicolás Leóz, que renunciou na última terça-feira a seus cargos.

Ao UOL Esporte, a Fifa informou que o diretor da câmara de investigação do comitê de ética, Michael Garcia, entregou ainda em março o relatório sobre a ISL pronto para a câmara de julgamento do comitê.

O presidente deste tribunal, Joachim Eckert, estabelece o prazo de 15 de abril para submeter suas conclusões sobre o dossiê ISL para a Fifa. "Mr Eckert informou a Fifa que vai levar mais uns poucos dias para que ele complete seu relatório", informou a Fifa.  A entidade promete divulgar novidades assim que o processo estiver concluído e se recusou a comentar a possibilidade de Leóz estar implicado.

Segundo denúncia da BBC, o dirigente paraguaio levou US$ 700 mil da ISL. Ricardo Teixeira, que se afastou da Fifa no ano passado, e João Havelange ganharam um total de R$ 45 milhões em propinas, diretamente ou indiretamente, de acordo com o relatório da Justiça suíça. Os três negam ter se beneficiado do esquema. 

Leóz deixou a Conmebol alegando problemas de saúde. De fato, o dirigente tem andado carregado por auxiliares nos últimos tempos, mostrando debilidade em seus 84 anos. Ele foi substituído por Eugenio Figueredo na confederação.