Eike e Odebrecht oferecem R$ 181,5 mi e lideram disputa por Maracanã

Vinicius Konchinski

Do UOL, no Rio de Janeiro

  • Júlio César Guimarães/UOL

    Reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014 deve terminar neste mês

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Eike Batista e Odebrecht sairam na frente na disputa pelo controle do Maracanã. O Consórcio Maracanã SA, formado pela Odebrecht Participações, IMX Venues e AEG Administração de Estádios do Brasil, ofereceu R$ 5,5 milhões por ano ao governo do Rio de Janeiro para assumir o estádio e tem agora a melhor proposta financeira registrada na concorrência pelo complexo esportivo.

Ao todo, o consórcio da empresa de Eike e a Odebrecht ofereceu R$ 181,5 milhões pela concessão do Maracanã. Já o Consórcio Complexo Esportivo e Cultural do Rio de Janeiro (formado pela OAS SA, Stadion Amsterdam e Lagardere Unlimited) ofereceu R$ 155,1 milhões. Esse valor seria pago em 33 parcelas anuais de R$ 4,7 milhões.

As propostas financeiras pelo Maracanã foram abertas numa sessão realizada nesta terça-feira na sede do governo do Rio de Janeiro, o Palácio Guanabara. Novamente, do lado de fora do prédio, manifestantes fizeram protestos contra a privatização do estádio e disseram ter sido barrados.

Apesar do Consórcio Maracanã ter apresentado a melhor proposta financeira, isso não significa que ele será o administrador do estádio. A licitação do Maracanã prevê que o valor oferecido ao governo do Rio tenha peso de 40% na disputa pelo complexo esportivo.

A concorrência dá peso de 60% para a proposta técnica. Os projetos dos consórcios para o Maracanã também foram abertos nesta terça. O resultado da análise dos documentos, entretanto, deve demorar mais tempo. Só quando isso terminar, será conhecido o vencedor da licitação. Não há um prazo para julgamento das propostas.

A privatização do Maracanã foi anunciada no ano passado. Em fevereiro deste ano, o governo lançou o edital. O documento previa que os consórcios interessados pagassem, no mínimo, R$ 4,5 milhões por ano para controlar o estádio.

Na quinta-feira passada, durante uma sessão tumultuada, empresas interessadas em assumir o controle do estádio apresentaram suas propostas. Só os Consórcio Maracanã SA e Consórcio Complexo Esportivo e Cultural do Rio de Janeiro formalizaram sua intenção de assumir o Maracanã.

Consórcio Maracanã SA

Odebrecht Participações É a subsidiária do grupo Odebrecht responsável pelo desenvolvimento, estruturação até a implantação final de novos investimentos. Atualmente, a empresa tem se envolvido com a administração de estádios do país. Ela participou recentemente da estruturação da gestão da Fonte Nova e a Arena Pernambuco. A Odebrecht é uma das construtoras que está reformando o Maracanã para a Copa do Mundo de 2014.
AEG A empresa americana é a operadora do complexo LA Live, em Los Angeles, e da O2 Arena, em Londres. Além disso, opera mais de 100 arenas em 14 países e é dona de clubes de futebol como o Los Angeles Galaxy e da famosa equipe de basquete Los Angeles Lakers. A empresa promove mais de 3.500 shows por ano.
IMX A IMX faz parte do Grupo EBX, do bilionário Eike Batista. Atua são produção de eventos, gerenciamento de carreiras, hospitalidade e gestão de arenas. A pedido do governo do Rio de Janeiro, fez o projeto da privatização do Maracanã.

Consórcio Complexo Esportivo e Cultural do Rio de Janeiro

OAS SA Fundada em 1976, a empresa baiana é uma das maiores empreiteiras brasileiras e executora de obras públicas por todo o país. Hoje divide-se em três segmentos: OAS Investimentos, OAS Empreendimentos e Construtora OAS. A empresa participou da construção do Engenhão, no Rio de Janeiro.
Stadion Amsterdam A empresa holandesa já administra um estádio, o Arena Amsterdã, casa do clube Ajax. Oito empresas privadas compõe a administradora de estádios. Em Amsterdã, a arena administrada por eles também é casa da seleção holandesa e recebe grandes shows.
Lagardere Unlimited Empresa de marketing esportivo francesa, a Lagadere representa atletas e técnicos de diversos esportes ao redor do mundo. Entre suas atividades, também está gerenciamento de direitos de transmissões televisivas, distribuição de direitos e participação em marketing, organização de eventos e gerenciamento de estádios, salas de espetáculo e academias de ginástica.

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