Liga dos Campeões volta a colocar seleção como coadjuvante na elite

Do UOL, em São Paulo

  • AFP PHOTO / LLUIS GENE

    Daniel Alves foi o 'selecionável' de maior destaque nas quartas de final da Liga dos Campeões

    Daniel Alves foi o 'selecionável' de maior destaque nas quartas de final da Liga dos Campeões

A seleção brasileira tem em 2012-13 mais uma temporada como coadjuvante na elite do futebol europeu. O até agora sucesso dos semifinalistas da Liga dos Campeões, principal interclubes do mundo, pouco ou nada dependeu do desempenho dos convocados por Luiz Felipe Scolari.

Exceção feita a Daniel Alves, do Barcelona, nenhum selecionável brasileiro protagonizou alguma ação que mexeu com o resultado de um jogo válido pelo mata-mata da Champions - o lateral fez fantástico lançamento para Messi marcar no primeiro jogo das quartas de final contra o Paris Saint-Germain.

Adriano, companheiro de Daniel Alves no Barcelona, Dante e Luiz Gustavo, ambos do Bayern, e Kaká e Marcelo, que jogam pelo Real Madrid, os outros convocados por Luiz Felipe Scolari cujos times estão nas semifinais, não se destacaram até agora.

Além de Alves, outro brasileiro foi "influente" nas quartas: o zagueiro Felipe Santana, do Borussia Dortmund, fez no último minuto contra o Málaga o gol que classificou seu time, o Borussia Dortmund, à semifinal. O jogador, porém, nunca foi lembrado pela seleção.

O cenário seria estranho para o Brasil na década passada, mas repete 2011-12, quando Ramires, do Chelsea, foi protagonista solitário do país, inclusive fazendo gol na semi contra o Barcelona, jogo que garantiu os 'Blues' na decisão. 

Dante, uma das surpresas recentes de Felipão, é titular da zaga do Bayern e não foi tão exigido nas duas partidas contra a Juventus, assim como o volante Luiz Gustavo, que figurou na última convocação internacional do técnico. 

Já Kaká e Marcelo não andam na melhor das fases no Real Madrid. O meia sequer foi relacionado para o duelo decisivo contra o Galatasaray, enquanto o lateral esquerdo ficou no banco de reservas nos dois duelos contra os turcos.  Adriano, do Barça, também não obteve nenhum destaque e só atuou no jogo desta quarta-feira, quando seu lance de maior atenção foi uma dura falta em Lucas, do PSG.

Em anos anteriores, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Kaká foram protagonistas de suas equipes em fases decisivas da Liga dos Campeões. Antes de Ramires ser um dos pilares do Chelsea, Júlio César, Lúcio e Maicon formavam a base defensiva da Inter de Milão no título europeu de 2009-2010.

Comparado a possíveis rivais na Copa do Mundo de 2014, o Brasil mostra que está atrás nos destaques. A Espanha, atual campeã mundial, é formada basicamente por jogadores de Real Madrid e Barcelona. Enquanto isso, atletas de Bayern e Borussia compõe a base da Alemanha. A Argentina tem Lionel Messi, Di Maria e Higuain entre alguns de seus destaques.

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