Apostas de Felipão, Ronaldinho e Julio Cesar têm desempenhos distintos na volta do técnico

Paulo Passos e Fernando Duarte

Do UOL, em Londres (Inglaterra)

  • Mike Hewitt/ Getty Images

    Julio Cesar cumprimenta o meia Lampard, autor do gol da vitória da Inglaterra sobre a seleção

    Julio Cesar cumprimenta o meia Lampard, autor do gol da vitória da Inglaterra sobre a seleção

Chamados por Luiz Felipe Scolari apostas para reforçar a seleção brasileira principalmente no quesito experiência, Júlio César e Ronaldinho Gaúcho foram água e vinho na primeira partida da equipe sob o novo treinador. Enquanto o goleiro do Queens Park Rangers voltou a exibir as defesas que têm ajudado tanto o clube londrino como ele próprio, o jogador do Atlético-MG confirmou os temores de que poderia repetir a rotina de relançamentos abortados.

Tudo isso na partida em que o ex-melhor jogador do mundo completou 100 jogos pela seleção. E pensar que Ronaldinho contou com uma oportunidade preciosa de marcar pontos junto ao treinador e à torcida com o pênalti no primeiro tempo. Mas correu para a bola com uma displicência que servirá como munição para seus críticos.

Já Júlio César parecia obcecado pela oportunidade de recuperar o espaço perdido na equipe. Fez defesas importantes, uma delas um lance acrobático numa cabeçada de Wayne Rooney que fez alguns jornalistas ingleses compararem, em tom de brincadeira ao icônico tapinha de Gordon Banks contra Pelé em 70.

"Fiquei muito feliz de vestir novamente a camisa da seleção e jogar num estádio maravilhoso como Wembley, com a torcida brasileira ao lado. Vou dormir feliz, pois é muito gratificante voltar a vestir essa camisa depois de um ano", disse o arqueiro, à TV Globo, logo após o duelo.

Enquanto isso, a chamada quinta tentativa de ressurreição de Ronaldinho pareceu ter começado com o pé esquerdo. Se pode ser exagerado imaginar que um único jogo aposentará a ideia de reabilitar o atacante, Felipão tampouco deve ter se enchido de entusiasmo. Ainda mais depois de ver que a saída do atleticano deixou Neymar muito mais confortável em campo – antes, o santista se embolara com Ronaldinho no lado esquerdo.

Nos 45 minutos que passou em campo, Ronaldinho acertou algumas tabelinhas e deu um lençol em Wayne Rooney. Assustadoramente pouco para quem foi trazido para Londres como candidato à comandante inspirador. Muito mais contestado, Julio César saiu do gramado de Wembley com a braçadeira de capitão depois da substituição de David Luiz.

Uma cena emblemática para explicar a diversidade de desempenhos.

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