Após denúncia, Fifa diz que comitê de ética investiga escolha do Qatar como sede da Copa de 2022

Do UOL, em São Paulo

  • AFP PHOTO / Vanderlei ALMEIDA

    Para Jérôme Valcke, a apuração interna da Fifa deverá ser suficiente para esclarecer as denúncias

    Para Jérôme Valcke, a apuração interna da Fifa deverá ser suficiente para esclarecer as denúncias

Após reunião plenária do Comitê de Ética da Fifa, realizada em Zurique (Suíça) na última quarta-feira, os presidentes das câmaras decisória e investigatória do órgão, Hans-Joachim Eckert e Michael J. Garcia, declararam que está em curso uma investigação interna para apurar as denúncias de que as escolhas da Rússia e do Qatar como sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, respectivamente, teriam se dado de forma fraudulenta.

A última edição da revista France Football traz uma extensa reportagem que afirma que o Qatar pagou propina para adquirir o direito de ser sede da Copa do Mundo de 2022.

O país árabe ganhou disputa contra fortes países concorrentes, como Estados Unidos, Japão e Austrália. Venceu com 14 votos eleição realizada no dia 2 de dezembro de 2010, seis a mais do que os americanos.

Em matéria com o título de "Mundial 2022 Qatargate", a publicação conta que o suborno envolveu "enormes quantidades de dinheiro" e teve a participação de alguns dos principais dirigentes do futebol mundial, como Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF e que hoje vive na Flórida,  nos Estados Unidos.

Em nota publicada em seu site oficial,a entidade afirmou: "Certas alegações a respeito de eventos relacionados ao processo de candidatura para as edições de 2018 e 2022 da Copa do Mundo da Fifa foram encaminhadas pela Fifa ao seu Comitê de Ética na esteira de reportagens publicadas na imprensa. A nossa intenção é realizar uma revisão completa dessas denúncias, inclusive com a análise das provas e da credibilidade de qualquer acusação de má conduta individual."

Segundo o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, que tem evitado comentar o assunto publicamente, a investigação interna da Fifa deverá ser suficiente para resolver a questão. "A Fifa possui a estrutura para se encarregar de casos assim, quando as coisas não estão bem. O Comitê de Ética tem a liberdade para decidir." 

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