Em sua primeira convocação no retorno à seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari já pôde conferir o clima que o aguarda até a Copa do Mundo de 2014, passando pela Copa das Confederações. Com um tom mais light nas respostas aos jornalistas e um ambiente que mais lembrava o anúncio do grupo para a principal competição que terá dentro de pouco mais de um ano, ele atraiu um grande número de profissionais de imprensa e muitos estrangeiros de olho no técnico campeão da Copa de 2002.

Questionado por brasileiros, alemães, ingleses e japoneses, ele não perdeu a paciência com perguntas e viu o salão do hotel na zona sul do Rio de Janeiro lotado. Na hora do anúncio, a frieza das convocações de Mano Menezes, ex-treinador, deu lugar a uma expectativa digna dos grandes mundiais.

"Que coletiva cheia. Assim que é bom, pessoal", comentou o diretor de comunicação da CBF, Rodrigo Paiva, antes de entregar a tão esperada primeira lista de Felipão (veja no quadro abaixo).

E a "euforia" continuou, com direito a presença do folclórico torcedor "Bola 7" e de um artista que preparou uma música especial para Felipão. Guto Castro, de 29 anos, saiu de Volta Redonda, interior do Rio de Janeiro, para prestar seu apoio ao treinador.

"O Felipão merece essa música. Ele é muito carismático e tem que ter todo o apoio até a Copa do Mundo. O Mano eu não sei se teria isso. Mas estaremos ao lado dele", disse Guto, que exaltava a "Família Scolari" do título de 2002, na Copa do Japão.

Auxiliar técnico e fiel escudeiro de Scolari, Flávio Murtosa confirmou a relação tranquila e a empolgação neste início de trabalho, mas alertou que os resultados precisam aparecer. Do contrário, o "braço direito" do treinador acredita que tudo pode mudar.

"Acho que isso é natural. Estamos às vésperas de uma Copa em casa e todos querem ver a seleção bem. Muitos nos dão apoio. em um primeiro momento. Mas o resultado tem que aparecer. Se não acontecer isso, tudo muda, com imprensa, com músico, com toda", ressaltou Murtosa.