Os operários da reforma do estádio Beira-Rio decidiram entrar em greve na manhã desta terça-feira, após a construtora Andrade Gutierrez propor um reajuste de 8%, bem abaixo do pretendido pela classe que é de 15%. Com isso, as obras estão suspensas até a empresa aceitar o pedido ou fazer uma nova proposta próxima da reinvindicação dos funcionários.

Na última semana, os operários fizeram um protesto, mas não suspenderam totalmente o trabalho. Diversas reivindicações foram feitas e a maioria foi aceita pela construtora. Na sexta-feira, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do Estado do Rio Grande do Sul [Siticepot] encaminhou um ofício para a empreiteira dando um prazo para um acordo. Porém, o percentual ficou aquém do pretendido pela classe.

"Havíamos aberto o prazo de 48 horas para serem atendidas as reivindicações, como os operários não foram atendidos, aconteceu a paralisação. A única que não foi atendida foi o aumento, que nós pedimos 15% e a empresa ofereceu 8%", afirmou o presidente do Siticepot, Isabelino Garcia dos Santos ao UOL Esporte.

O dirigente sindical esteve reunido com representantes da Andrade Gutierrez na manhã desta terça-feira e passou para o grupo a reinvindicação. A AG se reuniu após o encontro, mas não fez uma nova proposta. O Siticepot fará uma nova assembleia com os operários na manhã da quarta-feira para definir o rumo da greve.

O estádio Beira-Rio receberá cinco jogos da Copa do Mundo de 2014 e, até o momento, 55% de obras concluídas. O local foi fechado em dezembro para acelerar a reforma e a expectativa da direção é que seja reaberto em setembro. Enquanto isso, o Internacional irá disputar os jogos do Campeonato Gaúcho, Copa do Brasil e Brasileiro no Centenário, em Caxias do Sul.

* Autalizada às 16h40