Sem cargo, Andrés assume supervisão das obras do estádio do Corinthians

Gustavo Franceschini e Paulo Passos

Do UOL, em São Paulo

Fora da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) desde o fim de novembro, Andrés Sanchez é o homem do Corinthians à frente da construção do estádio do clube na região de Itaquera, em São Paulo. Mesmo sem um cargo específico na hierarquia corintiana, o ex-presidente assumiu a função que era de Luis Paulo Rosemberg até o fim de 2012 e passou a cuidar do dia-a-dia das obras. O Itaquerão será palco da abertura da Copa do Mundo de 2014.

"Ele está à frente do estádio. Trabalhou nisso desde o início e seguirá", afirmou Mario Gobbi, atual presidente, ao UOL Esporte em um evento na sede da FPF (Federação Paulista de Futebol) na última quinta. O cartola negou, entretanto, que Sanchez ocupará um cargo formal no clube. 
 

As obras do Itaquerão
As obras do Itaquerão

"Chamar o Andrés para algum cargo seria humilhá-lo. Quem foi presidente, que é o cargo maior, não pode ser chamado para outra função. Ele vai ajudar como sempre fez", explicou Gobbi.

Andrés foi, ao lado de Luís Paulo Rosemberg, o principal entusiasta da construção do estádio corintiano. Aliado de Ricardo Teixeira e filiado ao PT, articulou com a CBF e o Governo Federal para emplacar o estádio na Copa de 2014 no lugar do Morumbi, que foi vetado pela Fifa (Federação Internacional de Futebol).

Depois de deixar a presidência do Corinthians no fim de 2011, Andrés virou diretor de seleções da CBF, mas nunca se afastou completamente do projeto do estádio. Em novembro, por uma divergência com o sucessor de Teixeira, José Maria Marin, em relação à continuidade de Mano Menezes como treinador, o corintiano deixou a entidade.

Pouco depois, Rosemberg anunciou seu afastamento de algumas funções que acumulava no Corinthians, entre elas a maior parte das negociações pelo estádio. Agora, Andrés é quem toca o dia-a-dia do projeto. É ele quem conversa com fornecedores, decide questões pendentes e, principalmente, participa das discussões sobre o equacionamento financeiro, ainda indefinido. 

O Corinthians e a Odebrecht seguem tentando a liberação do empréstimo de R$ 400 milhões do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). O problema é que o Banco do Brasil, que serviria como avalista da operação, não aceita as garantias oferecidas pela empreiteira, que ainda negocia.

A assessoria de Andrés confirma a nova função do dirigente. Ele faz questão de frisar, no entanto, que a última palavra segue sendo de Mario Gobbi. "Ele que é o presidente, ele que manda", resumiu Andrés em sua participação no Arena Sportv, na última segunda.

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