Mano fala que seleção usou "raiva gostosa" de São Paulo para construir goleada por 8 a 0

Bruno Freitas e Pedro Ivo Almeida

Do UOL, em Recife (PE)

  • Felipe Dana / AP Photo

    Mano Menezes olha para o campo do Arruda (Recife), onde a seleção enfrentou a China

    Mano Menezes olha para o campo do Arruda (Recife), onde a seleção enfrentou a China

O placar de 8 a 0 não é comum na história recente da seleção brasileira. A última vitória com esta diferença aconteceu na reta final de preparação para a Copa de 2006, diante da amadora seleção de Lucerna, na Suíça. Após a goleada de segunda-feira sobre a China em Recife, o técnico Mano Menezes afirmou que seu time usou uma espécie de "raiva gostosa" para fazer o triunfo, em herança das críticas recebidas em São Paulo.

Três dias antes da vitória sobre os chineses no estádio do Arruda a seleção sofreu para vencer a África do Sul por 1 a 0 no Morumbi, em amistoso que teve como protagonista a relação conturbada com a torcida paulista. Na oportunidade, o técnico Mano Menezes e a estrela Neymar receberam críticas mais direcionadas.

VEJA OS MELHORES MOMENTOS DA GOLEADA DO BRASIL SOBRE A CHINA

"A seleção trouxe uma raiva gostosa de São Paulo, um sentimento que precisa ter para se tornar uma equipe vencedora. Mas precisa transformar isso em energia, sem procurar ficar transferindo para os outros todas as culpas. Fazer disso uma coisa positiva, transformar em energia de grupo", declarou o treinador em entrevista coletiva após o jogo em Recife.

"E a resposta veio com aquilo que mais gosto, com pouca fala e bastante futebol", concluiu Mano, que também fez comentários elogiosos à boa vontade da torcida pernambucana.

Contra a China, os jogadores do Brasil comemoram com entusiasmo os oito gols na partida, sempre com os dez jogadores de linha reunidos. No momento do hino nacional antes do amistoso, o time titular se abraçou, em cena comumente vista em compromissos da seleção da França.

Sobre a facilidade na construção do placar, Mano afirmou que espera ver os padrões apresentados diante da China reproduzidos contra adversários de mais qualidade.

"É algo raríssimo no futebol de hoje [placar de 8 a 0]. Precisamos ser equilibrados na análise de tudo isso. Concluímos 28 vezes, com um número bastante alto já no primeiro tempo. Tivemos uma proposta de controlar jogo, com 75% de posse de bola final. Mas essas condições precisam ser mantidas contra adversárias que nos impõe dificuldades maiores", comentou.

Veja também



Shopping UOL

UOL Cursos Online

Todos os cursos