Após "novela" na Câmara, senadores prometem votação rápida da Lei Geral da Copa

Do UOL, em São Paulo

  • Lula Marques/Folhapress

    O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) critica excesso de polêmica acerca da venda de bebidas alcoólicas

    O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) critica excesso de polêmica acerca da venda de bebidas alcoólicas

Aprovada pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, a Lei Geral da Copa será agora examinada pelos senadores. A proposta disciplina os direitos comerciais da Fifa na realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil e estabelece privilégios temporários para a entidade e seus associados durante os eventos esportivos. As regras do projeto valem também para a Copa das Confederações, que o país sediará em 2013.

A expectativa, segundo o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), é de que o projeto seja aprovado pelos senadores até o fim o primeiro semestre. "O governo tem muito interesse na aprovação dessa matéria. Vamos aguardar a distribuição às comissões e tentar dar celeridade à Lei Geral da Copa aqui" , disse Pimentel.

Obras da Copa
Obras da Copa

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), também tem se manifestado nesse sentido. Ele afirmou que o projeto terá prioridade na Casa, em razão de sua importância para o país.

Já o líder do PSDB na casa, senador Álvaro Dias (PSDB-PR), avalia que a votação será rápida no Senado, mas critica a ênfase das discussões na liberação ou não da venda de bebidas alcoólicas nos estádios. Para o parlamentar, as questões essenciais, como o andamento das obras dos estádios e de infraestrutura para os jogos estão sendo deixadas de lado no debate da proposta.

"O que se discutiu durante todo esse tempo na mídia foi se deve ser permitida a venda de cerveja nos estádios ou não. Ficam discutindo temas ligado a interesses econômicos da Fifa, um tema acessório, enquanto que o essencial foi deixado em segundo plano, como, por exemplo, o superfaturamento de obras", alertou o senador.

Em relação ao texto aprovado nesta quarta na Câmara, a decisão do governo federal de retirar a autorização à venda de bebidas em estádios empurrou o impasse para três Estados com governadores oposicionistas e outros quatro aliados da presidente Dilma Rousseff. Todos eles proíbem a prática e terão de resolver o assunto em suas Assembleias Legislativas bem antes da Copa das Confederações, junho de 2013.

Entre os Estados que impedem venda de bebida alcoólica em estádios estão São Paulo, onde a Copa começará, Rio de Janeiro, palco da final, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná e Pernambuco.



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