Fragilidade política de Marin pode abrir mais espaço para Valcke na Copa, diz jornal

Do UOL, em São Paulo

No caminho inverso daquele esperado pelo Governo Federal, a Fifa pode dar ainda mais poder ao seu secretário-geral Jérôme Valcke na organização da Copa do Mundo de 2014, segundo o jornal O Estado de S. Paulo. Apesar do atrito grave com Aldo Rebelo, ministro do Esporte, o cartola ganharia importância por conta da fragilidade política dos substitutos de Ricardo Teixeira nas conversas com a entidade.

Segundo a publicação, os alvos da avaliação são José Maria Marin, presidente da CBF e do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014, e Marco Polo del Nero, novo representante do país no Comitê Executivo da Fifa. Ambos são vistos como frágeis, especialmente por serem desconhecidos dos principais cartolas do futebol mundial.

Diante da situação, a Fifa estaria confortável para pressionar ainda mais o governo brasileiro a aceitar suas exigências. Valcke seria um exemplo dessa mudança de postura e viria mais vezes ao país, para acompanhar as obras mais de perto e cuidar dos interesses da Fifa.

A força repentina do dirigente contrasta com seu histórico recente de confusões. No início de março, em uma entrevista na Inglaterra, Valcke disse que o Brasil precisava de um “chute no traseiro” para acelerar os preparativos para a Copa do Mundo.

A reação do Governo Federal foi imediata. Aldo Rebelo cortou relações com o cartola e disse que não o considerava mais como um interlocutor para as questões da Copa. A repercussão fez com que Valcke se desculpasse publicamente e Joseph Blatter, presidente da Fifa, fizesse uma reunião às pressas com Dilma Rousseff em Brasília.

O encontro, no entanto, não ratificou a volta de Valcke às conversas sobre o Mundial. Aldo Rebelo foi evasivo ao ser questionado se negociaria com o cartola e Joseph Blatter limitou-se a dizer que o caso era uma problema interno da Fifa.



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