Após acertar a data da assinatura de contrato com o Inter, para reformar o estádio Beira-Rio, a construtora Andrade Gutierrez planeja melhorar sua imagem no Rio Grande do Sul. Tratada como vilã do impasse nos últimos meses, a empresa prometeu criar ações de marketing e interação com a torcida para reverter o quadro.

A ojeriza dos colorados, e também de boa parte dos demais gaúchos, nasceu com a falta de manifestações da AG publicamente. Depois, com incentivo de políticos e do Inter, o adiamento sistemático do fim do imbróglio. Na internet, foram criados movimentos como o #AssinaAG ou #AGEsperança – que fazia uma paródia com o programa Criança Esperança, que arrecada dinheiro para projetos sociais.

Nas sedes da construtora, em Minas Gerais e São Paulo, os membros do alto escalão confessaram surpresa com a revolta popular. Se mostraram bem a par das campanhas pelo Twitter e Facebook. E aí deram garantias ao Internacional.

“Eu tenho informações de que a construtora procurará convencer os torcedores colorados, eles farão ações mostrando que eles querem ter a melhor relação possível com o clube e nossa torcida”, disse o presidente colorado, Giovanni Luigi.

O próprio cartola admitiu que chegou ao seu limite em determinado momento das negociações. Seus aliados políticos dentro do clube relataram sobrecarga de stress, noites em claro e outros sintomas de esgotamento. Mas publicamente Luigi foi político.

“Nunca tivemos uma relação ruim com a AG. Sempre foi uma relação de altíssimo nível. O que teve foi uma demora, se buscava parceiros”, amenizou.

Uma das primeiras medidas da empreiteira será veicular nos maiores jornais de Porto Alegre anúncios ligando a parceria de 20 anos com a garantia da Copa na cidade. Apelando até mesmo para a história recente do Inter, repleta de títulos.

“Isso é um compromisso deles, é uma atitude que partiu deles. A construtora vai fazer várias coisas fora do contrato para agradar os torcedores”, reiterou Giovanni Luigi.