Inter bate o pé sobre 'cláusula de saída' e admite chance de não assinar com AG

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

  • Nabor Goulart/Agência Freelancer

    Clube gaúcho não quer assinar contrato que permite desistência da construtora em até 120 dias

    Clube gaúcho não quer assinar contrato que permite desistência da construtora em até 120 dias

O Internacional admitiu, pela primeira vez, que pode não assinar contrato com a construtora Andrade Gutierrez para reforma do estádio Beira-Rio. A posição inédita é sinal de uma alteração no discurso oficial do clube gaúcho. Com a declaração, o colorado espera pressionar a empresa e conseguir avanço para o fim do impasse sobre uma parceria de 20 anos.

“Qualquer contrato pode não ser assinado enquanto ele não for assinado. Existem coisas pequenas, que o Inter tem mantido firmeza e não abriremos mão mesmo que isso nos custe a não assinatura do contrato”, disparou Luigi no gramado do Beira-Rio, epicentro do imbróglio.

O ponto que incomoda o Inter, e breca o avanço, é sobre a chamada cláusula de saída. A minuta aprovada em dezembro continha um trecho que permitia a desistência do negócio por parte da construtora. Tudo isso em até 120 dias. Nas últimas semanas, o clube gaúcho exigiu a retirada deste componente. Ouviu um ‘ok’, mas não viu nenhuma novidade no papel.

Oficialmente a diretoria não fala que este é o entrave. Mas induz no meio de suas manifestações. Além de lembrar que todas as etapas internas do clube já foram vencidas, ainda em dezembro do ano passado.

“Completamos 90 dias que estamos prontos. Então não posso deixar a porta aberta por mais 120 dias. Eu não posso e isso não vai acontecer. [...]Não posso assinar um contrato onde eles tenha três ou quatro meses para sair fora. Essa é uma das questões, comentou o mandatário vermelho.

Nesta sexta, o jornal Zero Hora publicou a informação de que AG e Inter se manifestariam oficialmente para determinar a data de assinatura do contrato. Essa postura, segundo o Inter, é unilateral até o momento.

“Da parte deles, tudo bem. Agora tem a parte do Inter. Ele [Otávio Azevedo, presidente da construtora] ligou para mim dizendo que estava pronto para assinar, que iríamos assinar. Mas não é a AG que vai dizer que vamos assinar. O casamento é feito de ambas as partes”, encerrou Giovanni Luigi.



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