Deputados adiam mais uma vez votação da Lei Geral da Copa, que fica para semana que vem
Do UOL, em São Paulo
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Bandnews
Deputados da oposição querem mais tempo para analisar o texto em votação
A votação no plenário da Câmara do projeto de Lei Geral da Copa ficou para a próxima semana. De acordo com o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), um acordo entre os líderes dos partidos de oposição e situação foi firmado para que os parlamentares tenham tempo de analisar o projeto antes da votação. O texto atual foi aprovado na última terça-feira em comissão especial da Casa.
REPERCUSSÃO DO 'CHUTE NO TRASEIRO'
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Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, criou uma situação inusitada com sua declaração forte
A disposição do governo era realizar a votação em plenário nesta quarta, mas os deputados oposicionistas não concordaram. O líder do Democratas, deputado ACM Neto (BA), argumentou: "O texto saiu da comissão ontem (terça), mal foi discutido aqui e ainda nem nos sentamos para discutir quais destaques ao relatório nós vamos apresentar".
A Lei Geral da Copa é uma exigência da Fifa para realização do evento no Brasil, e o governo inicialmente esperava tê-la aprovado em 2011. A demora na aprovação do texto pelo Congresso está na origem dos comentários do secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, que levaram a uma crise diplomática com o governo Dilma.
Valcke afirmou que o Brasil precisava de "um chute no traseiro" para acelerar obras. O assessor internacional da Presidência brasileira, Marco Aurélio Garcia, elevou o tom dos ataques ao chamar o francês de "vagabundo". O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse que o governo não terá o secretário-geral da Fifa como interlocutor.
Mas, na última terça-feira, Valcke e o presidente da Fifa, Joseph Blatter, pediram desculpas pelo incidente. O suíço divulgou nota para dizer que viria em breve ao Brasil e pediu um encontro com a presidente, que provavelmente seria marcado após a aprovação da lei Geral da Copa pelo Congresso. Depois disso, Aldo Rebelo disse que decidirá até a próxima quinta-feira se aceita ou não os pedidos de desculpas.