Em visita à Arena Pernambuco nesta quarta-feira, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou que responderá às desculpas enviadas pela Fifa até a próxima quinta-feira. "Voltando na tarde de hoje a Brasília, dependendo dos meus compromissos, vou responder às duas cartas (uma do secretário-geral, Jérôme Valcke, e outra do presidente da Fifa, Joseph Blatter) esta noite, ou amanhã. Não posso adiantar as respostas porque não seria de bons modos revelar publicamente o conteúdo antes de o destinatário recebê-la. Mas, tanto o secretário-geral quanto o presidente da Fifa receberão as cartas", confirmou Rebelo.

Questionado se o conteúdo seria segredo, Aldo disse que é apenas uma questão de educação. O ministro confessou que temia que os deputados federais, em razão detse episódio, não votassem a Lei Geral da Copa na comissão especial que tratou do tema, como o governo gostaria. A votação ocorreu nesta tarde, e o projeto foi aprovado na comissão, seguindo para votação no plenário da Câmara.

Os pedidos de desculpas vieram depois de que o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, reclamou dos atrasos das obras dos estádios, do sistema hoteleiro e de transportes e disparou contra a organização do Mundial no Brasil, no último dia 1º.

"Eu não entendo por que as coisas não estão se movendo. Os estádios não estão dentro no cronograma, e por que tantas coisas estão atrasadas?" perguntou. Segundo ele, o Brasil precisa "se mexer", e os organizadores da Copa precisam "levar um chute no traseiro e entregar essa Copa do Mundo".

Após as declarações, Aldo Rebelo enviou carta à Fifa anunciando que não reconhecia mais Valcke como interlocutor para discutir assuntos da Copa.

A atitude da autoridade brasileiro levou Valcke e Blatter a escreverem cartas ao ministro, desculpando-se pelas declarações do secretário-geral.