Copa 2018

Presidente da Fifa diz que destino de Del Nero depende de condenação

Alexander Nemenov/AFP
Gianni Infantino concede entrevista antes de sorteio de grupos da Copa do Mundo Imagem: Alexander Nemenov/AFP

Pedro Lopes e Rodrigo Mattos

Do UOL, de Moscou

01/12/2017 08h33

No dia do sorteio da Copa-2018, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, afirmou que o Comitê de Ética só lidará com as questões das acusações de corrupção contra dirigentes na Justiça dos EUA após a conclusão e condenações no julgamento. Essa declaração ocorreu logo após uma pergunta sobre a situação do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, que foi citado diversas vezes por delatores como recebedor de propinas por contratos. Detalhe: Del Nero não pode ser condenado porque nunca se apresentou aos EUA para ser julgado.

Há um processo no Comitê de Ética da Fifa desde dezembro de 2015 contra Del Nero por conta do seu indiciamento pelo FBI por supostas propinas. Mas o processo está parado sem andamento.

Nas duas últimas semanas, o ex-executivo de televisão Alejandro Burzaco voltou a citar Del Nero como beneficiários de propinas pelos contratos da Libertadores e da Copa América. Seu assessor Eladio confirmou as acusações na corte, apresentando planilhas.

"Nos julgamentos, a questão triste é que a Fifa é mencionada embora o suborno tenha sido entre sul-americanos e americanos. Após o processo, a Fifa já se colocou como vítima, caso exista uma condenação, a posição daquele dirigente que se beneficiou de sua posição será lidada pela Fifa quando o julgamento tiver acabado. Vão lidar com essas questões", afirmou Infantino.

A questão é que Del Nero não sai do Brasil com medo de ser preso. E, por isso, não será julgado pela corte americana que não pode condenar quem não está no país e ele não pode ser extraditado.

Evitou de todas as formas fazer uma referência direta a Del Nero. Em seguida, afirmou que pede publicamente que amigos vão ao Departamento de Justiça dos EUA ou a procuradores suíços para dar informações sobre o caso. Ao mesmo tempo, ele tentou se distanciar do passado ao dizer que os problemas são antes de sua chegada.

Infantino também deu a entender que as acusações de venda de votos para a sede do Qatar-2022 não devem ter impacto em mudança da sede. E pediu cuidado com as acusações feitas na corte de Nova York. Lá, Burzaco afirmou que Ricardo Teixeira e Julio Grondona, ex-membros do Comitê Executivo da Fifa, venderam seus votos para o Qatar.

"Temos que ter cuidado com pré-julgamentos. Digo isso como pessoa normal do mundo. É fácil pintar com parte do Oriente Médio, da Rússia, como parte sombria", afirmou Infantino. "Pelo que sei, vamos organizar a melhor Copa da Rússia, e da Qatar em 2022. Temos que deixar à prova de bala para o futuro. Se essas suspeitas se confirmarem, aí vamos lidar."

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