Copa 2018

Por que ausência de Insigne dominou debate na eliminação da Itália?

Marco Luzzani/Getty Images
Lorenzo Insigne no banco de reservas durante Itália x Suécia Imagem: Marco Luzzani/Getty Images

Thiago Rocha

Do UOL, em São Paulo

14/11/2017 04h00

"Por que eu? Não precisamos empatar. Temos de vencer!”. A indignação de Daniele de Rossi, que confrontou o auxiliar do técnico Giampiero Ventura no banco de reservas ao ser chamado para fazer aquecimento, poderia ser a de qualquer torcedor da Itália após a eliminação da Azzurra na repescagem europeia para a Copa de 2018, na Rússia. O placar de 0 a 0 com a Suécia, nesta segunda-feira, em Milão, deixou os tetracampeões mundiais fora do torneio pela primeira vez desde 1958.

Ao dar uma bronca no treinador e alertar que a seleção precisava de força ofensiva, De Rossi, um especialista na marcação, apontou para Lorenzo Insigne, que estava ao seu lado no banco. O atacante de 26 anos, um dos destaques do Napoli, líder do Campeonato Italiano, talvez fosse a única esperança para dar gás novo a uma equipe que não achava forças para reverter a derrota por 1 a 0 sofrida para os suecos no jogo de ida.

A reação de De Rossi no campo foi a de diversos brasileiros nas redes sociais. Afinal, o nome do atacante do Napoli foi parar nos Trending Topics do Twitter durante a partida, na terceira posição. Ele teve mais menção no país do que qualquer outro companheiro que estava no gramado. Até o comentarista Caio Ribeiro, torcedor do time italiano, falou sobre o assunto. Durante o programa "Bem, Amigos", do SporTV, o ex-jogador do próprio Napoli criticou Ventura.

"Não pode queimar as três substituições e não colocar o Insigne em campo, porque é o único jogador que pode tentar algo diferente". "Coração à parte, dá gosto hoje ver o Napoli jogar, pela forma como trata a bola, (com) triangulação, propondo jogo, jogadores muito técnicos. E a gente não vê nada disso na seleção italiana. Itália voluntariosa, buscando o resultado, jogando no campo de ataque, mas absolutamente desprovida de ideias, um time sem criatividade", disparou.

Insigne foi vítima de uma mudança tática promovida por Ventura visando a repescagem. O treinador abriu mão da ousadia do 4-2-4 para ser precavido com o 3-5-2. Com isso, ele sequer foi a campo nesta segunda-feira e só jogou os 19 minutos finais da partida de ida, em Solna.

Insigne registrou apenas um gol e uma assistência pela seleção italiana nas Eliminatórias da Copa. Pouco aproveitado, não pôde demonstrar o ímpeto ofensivo que se encaixa tão bem na escalação titular do Napoli.

Pelo atual líder do Italiano, Insigne é quem acumula mais tempo em campo: 1.028 minutos. Anotou três gols e deu quatro assistências no segundo ataque mais positivo do país: 32 tentos, três a menos que a Juventus. Nas estatísticas, o atacante só fica atrás do belga Dries Mertens em eficiência, seu companheiro de ataque no Napoli, time que não é campeão nacional há quase 30 anos.

Segundo o site Transfermarkt, especializado em negociações de jogadores, o valor de mercado de Lorenzo Insigne é de 40 milhões de euros (R$ 153,6 milhões na cotação do dia). Entre os atuais convocados por Ventura, ele fica atrás apenas de Marco Verratti, meia do Paris Saint-Germain, avaliado em 60 milhões de euros (R$ 230,4 milhões).

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