Topo

Copa 2018

Tite isenta Cássio em gol do Japão e fala em premiar esforço de reservas

Tite concedeu coletiva nesta quinta - Pascal Rossignol/Reuters
Tite concedeu coletiva nesta quinta Imagem: Pascal Rossignol/Reuters

João Henrique Marques e Pedro Ivo Almeida

Do UOL, em Lille (França)

10/11/2017 13h56

Para Tite, Cássio não teve nenhuma culpa no gol do Japão na vitória da seleção brasileira por 3 a 1 na manhã desta sexta-feira (10), em Lille, na França.

O técnico, que saiu em defesa de Neymar por conta das notícias sobre problemas de relacionamento, ponderou que o goleiro pode ter tido dificuldades para se adaptar ao sistema defensivo diferente do que ele tem no Corinthians.

O arqueiro foi criticado por não ter saído para cortar o cruzamento de escanteio e, depois, por não conseguir segurar a cabeçada.

“O cara cabeceou e (o Cássio) não teve absolutamente nenhuma participação. Às vezes, quando você modifica os atletas, a bola parada atrasa a sincronia. No clube você faz um tipo de marcação, na seleção é outra. Demora para adaptar. Às vezes você perde a coordenação quando mexe bastante. Então dá para fazer melhor adaptações individuais. Aí você monta uma possibilidade maior de observação”, explicou o técnico.

O goleiro também deu a sua opinião sobre os 45 minutos e disse que é normal ter sofrido um gol.

"Faz parte do jogo. Mas muito feliz, confesso que fiquei um pouco nervoso por jogar pela primeira vez, deu um frio na barriga, mas no decorrer do jogo entrei na normalidade do jogo, no estilo da seleção. Infelizmente, acabei tomando um gol, mas nada que atrapalhe, que não continue focado em fazer o melhor", afirmou. 

Técnico elogia testes com elenco e árbitro de vídeo

Tite ainda comentou os testes que fez na seleção. A equipe titular começou com nomes como Danilo, Jemerson, Thiago Silva, Fernandinho, Giuliano e Willian, que normalmente estão no banco.

Além deles, Cássio, Taison, Diego Souza, Alex Sandro, Douglas Costa e Renato Augusto receberam oportunidades no segundo tempo.

“É todo um trabalho. O que esse trabalho nos dá nesses dias é testá-los, mesmo quebrando a dinâmica da equipe. Os treinamentos nos mostram isso. É aquilo, o futebol não é só no campo, ele é humano, ele é mental, ele é relação entre, é do dia-a-dia. Os treinamentos nos proporcionam isso. O convívio que a gente tem consegue mensurar isso tudo. É premiar essa competição leal. Você percebe isso no rosto deles quando os chama para entrar em campo. É premiar o Diego Souza dessa vez, ao invés do Firmino, que já teve três oportunidades. Isso vai sendo enriquecedor ao longo do trabalho", completou.

Por fim, o comandante elogiou o uso da tecnologia no futebol e disse que a TV deixará o esporte mais justo.

“Gostei. Eu incentivo o correto, o justo, o leal. Cada vez mais o esporte tem que ter esse cunho. A favor ou contra, não estou entrando no mérito. Essa é uma etapa, se não a gente fica aqui conceitualmente achando que o erro é bom. Aí eu ouço a justificativa: ‘porque na padaria da esquina vai dar debate’. Vai ter debate se o técnico é competente ou não, da equipe qual é melhor, se o time é melhor ou não, se o gol é bonito ou não, e não avaliar ao erro cometido. Favoreceu o cara... O esporte é o reflexo da sociedade. Chega, para com que o errado está certo. Então tem que ter (árbitro de vídeo) sim. Agilizar esse processo é importante”, finalizou.

Copa 2018