13/07/2010 - 09h30

Jorginho rebate Ricardo Teixeira e afirma que dirigente não pedia renovação

Do UOL Esporte
Em São Paulo
  • Jorginho precisou escolta policial no desembarque da seleção brasileira no Rio de Janeiro após derrota

    Jorginho precisou escolta policial no desembarque da seleção brasileira no Rio de Janeiro após derrota

Ex-auxiliar técnico da seleção brasileira e parceiro de Dunga no comando da equipe que acabou eliminada nas quartas de final da Copa do Mundo com a derrota de virada por 2 a 1 para a Holanda, o ex-lateral direito Jorginho ainda não digeriu a perda do Mundial e rebateu as declarações recentes de Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Em entrevista publicada pela coluna de Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo, Jorginho afirmou que ele e Dunga tinham o respaldo do mandatário da CBF para manter o grupo sem renovação na idade dos jogadores. O ex-funcionário de Teixeira diz ainda ter dificuldades para dormir com a lembrança da derrota.

“Ainda acordo de madrugada, com as lembranças martelando a minha cabeça. Ver meus filhos chorando quando voltei. Estou triste para c... É como se tivéssemos perdido alguém da família. A gente viu o prazer deles em vestir a camisa da seleção. Em nenhum momento, o presidente Ricardo Teixeira pediu renovação de idade. Pediu comprometimento”, afirmou Jorginho.

O ex-jogador que foi campeão mundial na Copa de 1994 nos Estados Unidos afirmou que Dunga não foi pressionado por Ricardo Teixeira nem sequer nos momentos mais críticos da seleção brasileira e revelou que já estava definido pelo dirigente máximo da CBF que o acesso da imprensa aos jogadores seria restrito.

“Ele deu total liberdade para o Dunga, mesmo nos momentos mais difíceis, quando perdemos do Paraguai, empatamos com a Argentina ou perdemos a Olimpíada. O Ricardo Teixeira já havia dito que essa seria uma das Copas mais fechadas dos últimos tempos. Não podíamos dispor os jogadores para dar entrevistas toda hora. Eu nunca briguei com a imprensa. Só coloquei o que estava no meu coração. Disseram que eu tinha ascendência sobre o Dunga. Isso ofende a ele e a mim. O Dunga é democrático, mas é o líder”, disse o ex-auxiliar técnico.

A justificativa para a ausência de nomes como Ronaldinho Gaúcho e Paulo Henrique Ganso na seleção também foi dada por Jorginho, que apontou falta da resposta desejada pelo campeão em 2002 e minimizou o desempenho do mais jovem no Campeonato Paulista.

“Uma coisa é o Ronaldinho de 2002, outra é o de 2010. Em 2006 e nas vezes em que nós o convocamos, ele não deu a resposta que eu e você queríamos. Quanto ao Ganso, uma coisa é o Campeonato Paulista, outra é a Copa”, completou Jorginho.

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