Sobreviventes são encontrados após ataques com bombas em Uganda durante final do Mundial
Dois atentados terroristas em restaurantes lotados na cidade de Kampala, em Uganda, durante a noite de domingo deixaram ao menos 74 mortos e 65 feridos entre pessoas que estavam assistindo à final da Copa do Mundo entre Espanha e Holanda segundo informou nesta segunda-feira um porta-voz da polícia local.
“Temos 64 mortos e 65 feridos. As nacionalidades das vítimas serão comunicadas mais tarde”, afirmou Judith Nabakooba à agência francesa AFP.
As duas bombas explodiram em um restaurante etíope do sul da capital de Uganda e em um clube de rúgbi do leste da cidade de Kampala. Nos dois locais as pessoas haviam se juntado para acompanhar a final da Copa do Mundo. Um norte-americano está entre os mortos segundo informou um porta-voz da embaixada dos Estados Unidos no local.
O chefe da polícia, Kale Kayihura, relacionou as explosões com recentes ameaças feitas pelas milícias islâmicas da Somália conhecidas como Shehab, que contribuíram com soldados para a força de paz da União Africana na Somália (Amisom), entre Uganda e Burundi. As milícias al-Shabab haviam declarado seu alinhamento com a Al-Qaeda.
Vários norte-americanos de um grupo religioso da Pensilvânia estavam no restaurante onde ocorreu um dos ataques, incluindo Kris Sledge, de 18 anos.
“Eu lembro que desmaiei e ouvia as pessoas gritando e correndo. Eu amo esse lugar, mas estou me perguntando por que isso ocorreu e quem fez isso... Neste ponto, estou muito feliz por estar vivo”, afirmou o jovem que teve sua perna direita ferida e sofreu queimaduras no rosto.
Em Mogadishu, na Somália, o xeque Yusuf Issa, comandante do al-Shabab afirmou nesta segunda-feira que estava feliz com os ataques em Uganda. Ele se recusou a confirmar ou negar a autoria dos ataques no país rival.
“Uganda é um de nossos inimigos. O que faz eles chorarem nos deixa felizes. Pode ser um castigo de Alá contra aqueles que estão contra nós”, afirmou o xeque Yusuf Issa.
O porta-voz da Casa Branca, Tommy Vietor afirmou que os Estados Unidos prepararam toda a assistência necessária para que seja enviada ao governo de Uganda. O presidente norte-americano Barack Obama ficou “profundamente entristecido pela perda de vidas resultada destes deploráveis e covardes ataques”, afirmou Vietor.
*Atualizada às 10h44
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