Albiol, que não entrou em campo, levanta a taça de campeão do mundo |
Na história das Copas do Mundo, nenhuma seleção conquistou o título utilizando todos os seus jogadores disponíveis. Mas nos últimos três Mundiais, só os goleiros reservas não haviam sido colocados em campo nas conquistas de França, Brasil e Itália. Essa sequência foi quebrada pela conquista da Espanha, que não escalou todos os seus jogadores de linha para levar o seu primeiro título. O "turista" espanhol foi o zagueiro Albiol, do Real Madrid.
1930 Uruguai | Melogno, Riolfo, Piriz, Recoba, Calvo, Cappuccini e Salombide |
1934 Itália | Cavanna, Masetti, Vargliem, Arcari e Caligaris |
1938 Itália | Donati, Chizzo, Ceresoli, Masetti, Genta, Perazzolo, Olmi e Bertoni |
1950 Uruguai | Romero, Vilches, Burgueno, Britos, Rijo, Pini, Ortuno e Martinez |
1954 Alemanha | Erhardt, Metzner, Biesinger e Kubsch |
1958 Brasil | Castilho, Oreco, Zózimo, Moacir, Mauro Ramos e Pepe |
1962 Brasil | Coutinho, Pepe, Jair Marinho, Jurandir, Zequinha, Mengalvio, Jair da Costa e Castilho |
1966 Inglaterra | Springett, Bonetti, Armfield, Byrne, Flowers, Hunter e Eastham |
1970 Brasil | Ado, Baldochi, Joel Camargo, Dario, Zé Maria e Leão |
1974 Alemanha | Höttges, Netzer, Kappellmann, Kremers, Nigbur e Kleff |
1978 Argentina | Baley, Ruben Galvan, Killer, La Volpe, Oviedo e Pagnanini |
1982 Itália | Baresi, Vierchowod, Dossena, Bordon, Massaro, Selvaggi e Galli |
1986 Argentina | Almiron, Bochini, Passarella, Islas, Tapia, Trobbiani e Zelada |
1990 Alemanha | Mill, Aumann, Steiner, Möller, Hermann e Köpke |
1994 Brasil | Ronaldão, Zetti, Ronaldo e Gilmar |
1998 França | Lama e Charbonnier |
2002 Brasil | Dida e Rogério Ceni |
2006 Itália | Peruzzi e Amelia |
2010 Espanha ou Holanda | Reina, Valdes e Albiol |
Espanha e Holanda chegaram à final da Copa do Mundo somando oito jogadores que não entraram em campo, com a maioria holandesa representada pelos goleiros: Reina e Valdes, pela Espanha, e Vorm e Boschker, pela Holanda. Além deles e de Albiol, não jogaram os holandeses Schaars e Babel. Braafheid também fazia parte do grupo, mas entrou no lugar do capitão Van Bronkhorst.
Até a edição de 2010, foram campeões “sem esforço” 104 jogadores em todas as Copas do Mundo, contando com nomes consagrados como o atacante brasileiro Ronaldo, que foi protagonista duas edições depois daquela em que apenas assistiu do banco de reservas, além do zagueiro argentino Daniel Passarella e o zagueiro italiano Franco Baresi.
Capitão do bicampeonato conquistado pela seleção brasileira em 1962, o zagueiro Mauro Ramos não havia disputado nenhuma partida na equipe comandada por Vicente Feola no Mundial de 1958, quando Bellini levantou a taça após a vitória sobre a Suécia por 5 a 2.
O caso de Mauro Ramos também ocorreu com Zózimo, que não foi ao campo em nenhuma das partidas brasileiras no Mundial de 1958, mas ganhou a chance de jogar todas as partidas da seleção brasileira na conquista de 1962.
Já para o argentino Daniel Passarella ocorreu o contrário. O defensor foi o capitão na conquista de 1978 e duas edições depois estava novamente na equipe treinada por Carlos Bilardo, mas a tarja de capitão pertencia a Diego Maradona e Passarella não foi escalado para nenhuma partida em 1986.
Até o Mundial de 1970 ainda não eram permitidas as substituições durante as partidas e isso fez com que a média de jogadores que conquistaram a Copa do Mundo sem jogar ser maior do que nas edições seguintes. Ainda assim, em 1970 foram quatro jogadores de linha que comemoraram o título sem atuar, além dos goleiros Ado e Leão.
Um fato curioso liga os italianos Daniele Massaro e Franco Baresi. Os dois jogadores não entraram em campo na conquista do Mundial de 1982 e após 12 anos tiveram a chance de levar o título contra o Brasil nos Estados Unidos, mas na disputa de pênaltis os dois veteranos desperdiçaram e a Itália ficou com o vice-campeonato.
Outro caso é o de jogadores que foram campeões mais de uma vez sem terem disputado qualquer partida de suas seleções. O brasileiro Pepe entra nesta situação assim como o goleiro compatriota Castilho, já que ambos não atuaram em 1958 e 1962. Isso também ocorreu com o goleiro italiano Masetti.
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