Ben Radford/Allsport/Getty Images

Ronald de Boer, ex-jogador da seleção holandesa, critica retranca do time

11/07/2010 - 06h00

Ronald de Boer diz que Holanda não empolga e vê time pressionado

Do UOL Esporte
Em São Paulo

Irmão gêmeo de Frank de Boer, assistente técnico da seleção holandesa, Ronald vive no Qatar depois de encerrar a carreira no Al Shamal, e foi à África do Sul como comentarista da Al Jazeera. Atuou como meia ofensivo nos times de 1994 e 1998, e disse sentir saudades do estilo de jogo da equipe laranja naquelas Copas.

Ronald de Boer concedeu entrevista ao jornal espanhol El País, que deu destaque especial a uma das frases do ex-jogador: “A Holanda não me diverte nem um pouco”. Segundo ele, se a seleção holandesa às vezes joga ofensivamente, isso se deve ao seu irmão, ex-zagueiro que jogou no Barcelona e participou da geração talentosa dos anos 1990.

“Antes do Mundial, eles jogaram de maneira assombrosa, mas agora não é excitante vê-los. Jogam com quatro defensores e dois volantes. Há seis homens defendendo, o que é uma novidade no futebol holandês. Na minha época, jogávamos no 4-3-3, e eu subia pela direita”, relembra o jogador que perdeu o pênalti decisivo nas semifinais de 1998 diante do Brasil.

Mas o ex-meia do Ajax e do Barcelona se rendeu aos resultados da seleção holandesa, que não perde há 25 jogos: “A graça é que eles não são derrotados. Na minha época, quando jogávamos mal, perdíamos. E, se jogávamos bem, às vezes também perdíamos”, reconheceu.

Para Ronald, a Holanda passou a ser mais pragmática durante a Copa porque sentiu a pressão. “Antes, Gio [Van Bronckhorst, lateral-esquerdo] subia 20 vezes, e agora sobe três. Der Wiel [lateral-direito] faz o mesmo. Tomara que eles subam para o ataque contra a Espanha, pois será a única maneira de vencer”, alertou.

“Se a Holanda pensa que vai ganhar tocando todas as bolas para Sneijder ou Robben, está equivocada. Eles precisam manter a posse de bola, avançar os laterais e aumentar a movimentação dos jogadores”, opinou de Boer, que comentou ainda a boa fase de Sneijder: “Tudo o que toca, vira ouro. Não está jogando especialmente bem, mas tem sido decisivo”.

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