Favorita a ter terceiro eleito revelação em Copas, Alemanha cai em tradição

Com destaques com até 21 anos, a Alemanha é a seleção favorita para ter pela terceira vez na história das Copas do Mundo o melhor jogador jovem da competição, com Mesut Ozil e Thomas Müller como principais candidatos, mas uma coincidência pode ter voltado a atrapalhar os alemães, já que desde 1962 o país do vencedor da Copa do Mundo não tem o melhor novato.

Apenas um jogador na história dos Mundiais conseguiu ser o melhor jogador até 21 anos e campeão do mundo simultaneamente, Pelé, que venceu aos 17 anos a Copa do Mundo de 1958 com a seleção brasileira e conquistou o prêmio de melhor jogador jovem, criado pela Fifa naquela edição.

Depois de Pelé, nenhum jogador que venceu a premiação da Fifa conseguiu levantar o troféu da Copa do Mundo. Curiosamente, foi um jogador alemão que chegou mais perto de igualar o brasileiro, e este foi Franz Beckenbauer, vice-campeão mundial na Inglaterra em 1966, quando perdeu para os anfitriões.

A Alemanha é o único país que conseguiu ter o melhor jogador de até 21 anos em mais de uma edição de Copa do Mundo, feito obtido na última edição do Mundial, em 2006, quando Lukas Podolski foi eleito a revelação com a campanha da equipe que obteve o terceiro lugar.

Entre os jogadores que foram escolhidos pela Fifa, apenas três tiveram títulos mundiais em suas carreiras. Além de Pelé e Franz Beckenbauer, o italiano Antonio Cabrini foi a revelação do Mundial de 1978, na Argentina, e conquistou quatro anos depois a Copa do Mundo, na Espanha.

Dos quatro semifinalistas da edição sul-africana da Copa do Mundo, a Alemanha conta com o maior número de candidatos a revelação, com seis jogadores, seguida da Espanha que tem dois e o Uruguai com um, enquanto a Holanda não tem jogadores com menos de 22 anos.

Os dois representantes espanhóis são Sergio Busquets e Javier Martinez, ambos de 21 anos, que não são os destaques da equipe, enquanto o uruguaio Nicolas Lodeiro acabou tendo sua participação reduzida no Mundial devido a uma lesão. Assim, os velozes alemães Müller e Özil devem dividir os votos para saber quem fica com o prêmio, que pode servir de consolação após a derrota para a Espanha na semifinal.

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