09/07/2010 - 08h46

Espanha troca carteira roubada por Copa e dá de ombros para o polvo

Alexandre Sinato e Mauricio Stycer
Em Potchefstroom (África do Sul)

A dois dias do jogo mais importante de sua história, a Espanha decidiu vetar qualquer assunto que fuja do futebol. Nem mesmo o roubo sofrido no hotel em Durban por dois jogadores da seleção, Busquets e Pedro, foi capaz de tirar o foco dos espanhóis.

“Ninguém gosta, é uma coisa que já passou”, disse o volante Busquets. “Foi na manhã do jogo da Alemanha e não havia momento para distração, não podia pensar em outros assuntos. Agora não importa, troco minha carteira pelo Mundial”.

Outro tema quente, o famoso polvo alemão Paul, que tem acertado todas as suas previsões sobre resultados da Copa, também não mexe com o humor dos jogadores espanhóis. Mesmo tendo previsto a vitória da Espanha sobre a Alemanha e, mais recentemente, a conquista da Copa pela Fúria, Paul não mereceu mais do que quatro palavras do zagueiro Marchena: “É só um polvo”.

Busquets e Marchena atenderam os jornalistas no início da tarde desta sexta-feira, na North West University, em Potchefstroom, a 120 quilômetros de Johanesburgo, onde a Espanha tem treinado desde o início da Copa. Por apenas 12 minutos responderam a uma dezena de perguntas, com respostas breves e sem surpresas sobre o jogo de domingo, contra a Holanda.

Na visão dos jogadores, esta seleção espanhola tem a responsabilidade de vingar todas as decepções sofridas pelos espanhóis em sua história futebolística. “Já houve muitas decepções que não merecemos”, disse Marchena.

O zagueiro disse ainda: “Já houve grandes seleções, com grandes jogadores, mas o fato é que esta foi a que mais conseguiu ser uma equipe. Estamos vivendo um momento muito bonito e histórico e, espero, o melhor momento ainda está por vir.”

Foi ainda de Marchena a melhor definição da Holanda: “Defende muito bem, o goleiro é muito bom, o meio-campo excelente e tem um contra-ataque mortal. Para resumir, é uma equipe completa.”

Questionado sobre a influência de diferentes técnicos holandeses no futebol espanhol, Busquets falou sobre a importância daqueles que já trabalharam no Barcelona, seu clube, Cruyff, Van Gaal e Frank Rijkaard, com quem conviveu mais de perto. “Ele introduziu o 4-3-3 no Barcelona, que é a forma como o time joga até hoje”.

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