08/07/2010 - 13h12

Parreira gostaria de ver sequência de Maradona na seleção argentina

Do UOL Esporte
Em São Paulo
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Treinador que comandou a seleção sul-africana na Copa do Mundo, o brasileiro Carlos Alberto Parreira gostaria de ver a permanência de Diego Maradona como treinador da seleção argentina após a eliminação nas quartas de final do Mundial, quando a equipe perdeu por 4 a 0 para a Alemanha e algumas escolhas do argentino foram criticadas pelos torcedores e a imprensa de seu país.

Mesmo não sabendo qual a capacidade de Maradona para trabalhar com a seleção de seu país, Parreira afirmou em entrevista ao jornal argentino Olé que a figura do ídolo argentino é boa para o futebol e isso pode lhe ajudar.

“Para mim segue sendo uma incógnita. Depois de passar por uma eliminatória e uma Copa do Mundo, se aprende, e se faz de uma maneira pragmática. Mas ter Maradona pelo que ele representa é interessante. Eu não discuto, é válido”, afirma Parreira.

“Acho que se tiver uma equipe técnica que lhe ajude, que trabalhe e planifique, ele deve seguir. Eu estou surpreso porque as pessoas na Argentina estão divididas quanto à sua continuidade. De outro lado, no Brasil, ninguém quer saber de Dunga”, completou o treinador.

Apesar de desejar a permanência de Maradona no comando da Argentina, Carlos Alberto Parreira afirma que o treinador errou ao escalar uma equipe muito ofensiva e não conseguir formar um meio-campo forte na marcação e na posse de bola, o que em sua opinião causou a eliminação contra a Alemanha.

“Desde 1966 que o futebol respeita o 4-4-2 e segue funcionando. Há uma razão: o equilíbrio. Todo o resto são variações. Se tem dois homens para defender, dois para organizar e dois para atacar, tem a equipe. E as equipes que chegaram às finais fizeram assim. Até o Brasil fez bem, mas a Argentina teve apenas Mascherano. É complicado. Se perde o meio de campo. Por mais que Tevez, Higuain ou Messi queiram ajudar, é diferente. Não há equilíbrio.”, explica Parreira.

O treinador brasileiro que esperava ver uma final entre Brasil e Argentina também isentou Lionel Messi de culpa pela queda de sua seleção e o seu desempenho que não correspondeu ao que era esperado pelo fato de ele ter sido escolhido como melhor jogador da última temporada.

“Muito contido, como Ronaldinho em 2006. Todas as estrelas chegam muito esgotadas, o calendário não as favorece. É preciso estudá-lo. Não se pode matar agora e dizer que Rooney não sabe jogar, que Ronaldo idem... Messi jogou muitíssimo, foi o grande homem da Europa e não teve tempo para se recuperar. Rooney fez 34 gols no Manchester. Insisto, não se pode dizer que é ruim o jogador”, completou Parreira.

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