Apesar de artilheiro e futebol ofensivo, Espanha pode ser campeã com pior ataque

A Espanha aposta em um meio-campo talentoso, que mantém a posse de bola e municia David Villa, artilheiro da Copa do Mundo com cinco gols. A despeito de todo o ímpeto ofensivo, a Fúria pode, se vencer a Holanda na final do próximo domingo, se tornar a campeã com o pior ataque da história.

Até aqui o time comandado por Vicente Del Bosque marcou sete gols. Após passar em branco contra a Suíça, na estreia, o ataque ibérico fez dois contra Honduras (vitória por 2 a 1) e dois contra o Chile (2 a 1), terminando a primeira fase com quatro.

Na fase mata-mata, a Espanha garantiu sua vaga na final com três vitórias por 1 a 0, contra Portugal, Paraguai e Alemanha, respectivamente. A média atual é de 1,16 gols marcados, contra 2 da Holanda, que foi às redes 12 vezes até o momento.

Até hoje, o time campeão com a pior média de gols é o Brasil de 1994. Na ocasião, os comandados de Carlos Alberto Parreira marcaram 11 gols em sete partidas, com média de 1,6 gols. A segunda equipe no quesito é a Itália de 2006, com 12 gols em sete partidas e 1,7 de média.

O campeão com ataque mais positivo de todos os tempos é a Alemanha de 1954, com 4,2 gols de média. O Uruguai, em seus dois títulos, fica com a segunda posição. Em 1930 e 1950, o time marcou os mesmos 15 gols em quatro jogos, com média de 3,8. 

O desempenho contraria o histórico recente da Espanha. Em 2008, a equipe que conquistou a Eurocopa teve o melhor ataque do torneio, com 12 gols. Villa, na ocasião, também foi o artilheiro da competição com quatro gols.

Nas eliminatórias europeias para a Copa do Mundo o panorama foi o mesmo. A Espanha teve 100% de aproveitamento em seu grupo e marcou 28 gols, terminando a competição com o segundo melhor ataque, atrás apenas da Inglaterra, com 34. 

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