Daniel Garcia/AFP

Özil e Müller são os mais jovens do time e mostram entrosamento com Klose, 31 anos

07/07/2010 - 09h44

Em busca do 4º título, Alemanha pode ser campeã mais jovem da história

Do UOL Esporte
Em São Paulo

A renovada Alemanha vem batendo recordes na África do Sul. Antes de entrar em campo, já era a mais nova seleção do país em todos os tempos. Agora, soma o recorde de gols em mata-matas, vê Klose perto da marca de Ronaldo e busca o quarto título mundial. Se conseguir, será a equipe mais jovem a levantar a taça.

AS MÉDIAS DE IDADE DOS CAMPEÕES

Seleção/Ano Titulares Elenco
Uruguai/1930 26 26,2
Itália/1934 28,7 28,1
Itália/1938 25,5 25,5
Uruguai/1950 25,4 25,1
Alemanha/1954 28 27,5
Brasil/1958 25,7 25,4
Brasil/1962 30,5 27,4
Inglaterra/1966 26,2 26,7
Brasil/1970 26 24,5
Alemanha/1974 26,6 26,6
Argentina/1978 25,3 25,7
Itália/1982 27,2 26,9
Argentina/1986 26,1 26,4
Alemanha/1990 27,2 27,1
Brasil/1994 28 27,4
França/1998 27,8 26,8
Brasil/2002 26,2 26,2
Itália/2006 29,2 28,3

Os titulares de Joachim Low têm média de idade de 24,6 anos. A seleção campeã que chega mais perto é a Argentina, que tinha 25,3 anos em 1978. O time mais velho é o do Brasil de 1962, com 30,5.

Quando se leva em consideração todo o elenco, a Alemanha atual também fica bem colocada. Schweinsteiger e companhia têm 24,8 anos de idade, ao todo, atrás apenas do grupo brasileiro de 1970. Com jovens como Clodoaldo, Edu, Marco Antônio e Paulo Cesar, os tricampeões tinham 24,5 anos. O elenco mais velho é o da Itália de quatro anos atrás, com 28,3 anos.

Os números são reflexos da grande renovação promovida por Joachim Low nos últimos meses. O time atual aposta em toques rápidos e tem somente dois titulares com 30 anos ou mais. Friedrich (30) e Klose (31), no entanto, são coadjuvantes de Lahm (26), Schweinsteiger (25), Özil (21) e Müller (21).

A diferença é grande em relação ao time que, há dois anos, foi vice-campeão da Eurocopa. Na ocasião, Lehmann, Metzelder, Frings, Hitzlsperger e Ballack ainda compunham a equipe que perdeu para a Espanha, rival também na semifinal desta quarta-feira.

“Em 2008 não tínhamos essa regularidade de rendimento que mostramos hoje, havia muitos altos e baixos. Não tínhamos a classe que temos hoje. Esse time mostrou que tem combinações superiores às de 2008. É uma equipe de muita energia e que pode criar problemas imensos para os adversários”, disse Joachim Low.

“A Alemanha fez uma renovação importante com jovens valores e melhorou muito. Eles conservam os valores do futebol alemão e possuem jogadores de muita qualidade técnica. Conseguiram uma mistura muito interessante”, disse Vicente Del Bosque, comandante da Espanha.

O reconhecimento, porém, é uma novidade. Antes do início da Copa do Mundo, a Alemanha viveu momentos de apreensão com as lesões de Adler, Westermann e Ballack, titulares do gol, da zaga e do meio-campo, respectivamente. Aos poucos, sob a capitania de Lahm e com um futebol agradável, os germânicos ganharam a confiança da torcida.

O grande trunfo é o desempenho nos mata-matas. O 4 a 1 contra a Inglaterra e o 4 a 0 diante da Argentina colocou o time como o mais eficiente nesta fase da Copa do Mundo desde que o atual sistema foi implantado, em 1986.

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