07/07/2010 - 07h01

Cacau deve ir a campo na luta para ser 2º brasileiro naturalizado em final

Alexandre Sinato e Bruno Freitas
Em Durban (África do Sul)

A seleção de Dunga já partiu da África do Sul de volta para casa, assim como o trio de arbitragem liderado por Carlos Eugênio Simon já foi dispensado pela Fifa. Desta forma, o único brasileiro que tem chances de pisar em campo nas partidas finais da Copa é Cacau, atacante que defende a Alemanha e luta para igualar um feito de 76 anos em Mundiais.

COMO CACAU VIROU ALEMÃO

  • Joern Pollex / Getty Images

    Dias antes da Copa, uma reportagem do UOL Esporte contou como Cacau chegou à Alemanha e de que forma o atacante conseguiu um lugar em um time da primeira divisão do país, iniciando a trajetória que hoje se encontra na Copa do Mundo.

    O jogador contou com o apadrinhamento do ex-atacante Paulo Rink, primeiro brasileiro a vestir a camisa da seleção alemã, entre o fim dos anos 90 e o começo desta década. O atual dirigente do Atlético-PR ajudou a lançar Cacau do amadorismo ao time principal do Nuremberg.

    Antes, Cacau havia chegado à Alemanha por intermédio de um de seus primeiros técnicos. Em 1999, Claudemir Jeronimo Baretto jogava em uma escola de Mogi das Cruzes, interior de São Paulo, e foi encaminhado a um time amador de Munique, da colônia turca, através de um primo do então treinador da época. Foi o primeiro passo até o Stuttgart e até feitos como o título alemão em 2007.

Apenas um brasileiro na história conseguiu disputar uma final de Copa atuando por outra seleção, como um jogador naturalizado. O personagem em questão é Filó, que foi campeão com a Itália em 1934, em casa, no Mundial de Mussolini.

Conhecido no futebol como Filó, Anfilóquio Guarisi Marques jogou nos anos 20 no ataque do paulistano ao lado de Friedenreich, lenda do futebol amador brasileiro. O atacante chegou a ser convocado para a seleção, mas acabou finalmente defendendo a Itália depois de se transferir para a Lazio e, igualmente, graças a sua ascendência italiana.

Setenta e seis anos mais tarde, a mesma chance de glória por um outro país surge diante de Cacau. O atacante esteve fora das duas últimas partidas da Alemanha na Copa, nas vitórias sobre Inglaterra e Argentina, em razão de um problema muscular. No entanto, o brasileiro participou das atividades dos últimos dias e tem chances ser a novidade no time titular, na vaga de Thomas Müller, suspenso.

"O Cacau fez o treino final de maneira normal, com muito empenho, veio para o campo. Nossos médicos vão analisá-lo outra vez, mas ele não sentiu nenhuma dor e está à disposição", afirmou o técnico Joachim Löw na terça-feira.

Reserva da Alemanha de Löw na Copa, Cacau contribuiu com um gol para o ataque mais eficiente do Mundial até o momento. O brasileiro entrou no lugar de Klose ao longo do jogo e anotou um na vitória por 4 a 0 sobre a Austrália na partida de estreia.

Alemanha e Espanha definem a vaga na final da Copa nesta quarta (15h30, de Brasília) em jogo na cidade de Durban, no estádio Moses Mabhida.

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