A Holanda tornou a vida de muitos brasileiros mais triste após as quartas de final da Copa do Mundo. Mas, quando o assunto é moda, o laranja dos carrascos foi adotado nas ruas verde-amarelas. Desde o início do Mundial da África do Sul, a camisa holandesa virou um hit de vendas, fenômeno que não foi abalado nem mesmo pela eliminação do Brasil para Sneijder, Robben & cia.
Vibrante, camisa da Holanda é hoje uma das mais procuradas
Uniforme da seleção canarinho segue como líder em vendas
A Jabulani tem réplica e versão especial para a final, Jo'bulani
Prova disso é o ranking da loja online Netshoes, que montou uma lista de vendas de camisas das seleções da Copa da África do Sul antes e depois do torneio. A “Laranja Mecânica”, que nem fazia parte das dez mais vendidas até o início do Mundial, agora só perde para o Brasil, que lidera as vendas.
A seguir vêm Alemanha, Espanha, Portugal, Argentina, França, Japão, México e Itália. Antes da Copa 2010, a ordem era, da 1ª mais vendida para a 10ª: Brasil, Alemanha, Espanha, Itália, Portugal, Argentina, Camarões, África do Sul, Japão e México. Tanto antes como depois, nem sinal da Celeste Olímpica do Uruguai, que vai disputar o terceiro lugar.
A Netshoes comercializa 29 camisas das 32 seleções participantes – não há os modelos de Chile, Eslováquia e Coreia do Norte (que, segundo a loja, não foram disponibilizados para o mercado brasileiro). Atualmente, somente a camisa da Nova Zelândia está esgotada e não será reposta.
Em outras importantes lojas, a história é igual. Já na entrada da Casa Bayard do Shopping Iguatemi, a predominância da cor laranja causa impacto, prova de que a aposta em aumentar a exposição do material da Holanda tem dado resultado. Na vitrine dedicada a produtos da empresa norte-americana Nike, patrocinadora de holandeses e da seleção brasileira, só sobraram produtos dos europeus.
A camisa da Holanda atualmente lidera a busca dos clientes da rede e já ocupa o 3º lugar geral na relação de procura da Nike para o ano de Copa, atrás apenas de Brasil e Portugal. Depois chegam Estados Unidos, Coreia do Sul, Austrália, Eslovênia e Sérvia.
O ranking é feito com as camisas normais, réplicas das usadas pelos atletas. Mas as três líderes da empresa norte-americana também são encontradas em versão especial, com o material usado na composição do tecido Dry Fit obtido da reciclagem de garrafas PET. Essas camisas chegam embalada numa caixa, entre outros diferenciais, e custam mais caro: as de Holanda e Portugal, em edição limitada, saem por R$ 499. A do Brasil, por R$ 239.
Na rede de lojas Centauro, a camisa da seleção brasileira é a mais vendida até o momento, mas logo atrás vem a Holanda, seguida por Alemanha, Itália, Portugal e Argentina. A rede, no entanto, não faz um ranking específico de quais camisas são mais vendidas e afirma apenas que "a procura por produtos da seleção baixou após a eliminação brasileira e as camisas das seleções semifinalistas estão sendo bastante procuradas”.
A Bayard, entre as maiores redes de lojas esportivas de São Paulo, é a única em que o sucesso holandês não é marcante: enquanto a camisa laranja ainda está nas prateleiras, os uniformes dos demais semifinalistas – Alemanha, Espanha e Uruguai – estão esgotados há dias, segundo explicou um vendedor.
Quanto à polêmica Jabulani, a Netshoes declarou ter feito uma compra de modelos oficiais para toda a Copa, mas ressaltou que, por conta do sucesso de vendas, a remessa se esgotou. Agora a bola da Copa só é encontrada em réplica.
Na Bayard, a Jabulani não é achada há três semanas. Quem quiser pode optar pela Jo’bulani – a diferença desta bola, que só entrará em campo uma vez nesta Copa (na final, no dia 11, no estádio Soccer City), são os detalhes dourados. É bom correr: restam poucas peças no estoque.
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