A Polícia chinesa desarticulou na província de Cantão, sul do país, um grupo criminoso que organizava apostas ilegais relacionadas à Copa do Mundo da África do Sul e que chegou a movimentar um total de US$ 14,5 milhões.
Segundo o jornal chinês Guangzhou Daily, o grupo operava desde 2006 e não foi descoberto até o último dia 7 de junho, poucos dias antes da abertura do Mundial.
As forças de segurança estimaram que o montante movimentado pelas apostas chegou a 100 bilhões de iuanes (US$ 14,5 milhões). O líder do grupo, um cidadão de Hong Kong de sobrenome Li conhecido pelo apelido de "Irmão Obscuro", foi detido em Shenzhen.
Segundo o relato do jornal, "Irmão Obscuro" e seus seguidores dirigiam uma rede mafiosa de apostas através de internet que cobria o sul e o leste da China. As apostas com dinheiro estão proibidas em todo o país, excetuando a região administrativa de Macau, meca dos cassinos, à qual viajam muitos cidadãos do país para jogar.
Em 2009, o Governo proibiu o uso de "dinheiro virtual" (moedas imaginárias utilizadas em jogos online) a fim de controlar o comércio, as apostas ilegais e o impacto desta "divisa" no sistema financeiro real.
Apesar de o futebol chinês estar muito desprestigiado pela corrupção institucional e pelo baixo nível técnico dos jogadores e equipes, dezenas de milhões de chineses acompanharam a Copa do Mundo pela televisão.
"O entusiasmo dos torcedores para participar de apostas futebolísticas foi crescendo. Os tentáculos dos grupos estão se estendendo por todo o país e o crescimento das apostas de futebol é preocupante", explicou o jornal.
Jogos, resultados, preparação das equipes e muito mais.
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