04/07/2010 - 12h00

Sem status de craque, Sneijder é trunfo de decisão da seleção holandesa

Do UOL Esporte
Em São Paulo

Aos 26 anos, Wesley Sneijder chegou à Copa do Mundo da África do Sul com aproveitamento máximo nos títulos disputados pela Inter de Milão e agora lidera a seleção holandesa na busca pela inédita conquista do Mundial após ter passado por uma temporada fraca, em que sofreu lesões e acabou descartado pelo Real Madrid.

Assim como o companheiro Arjen Robben, Sneijder deu lugar às contratações de galáticos pela equipe de Madri, que acabou perdendo os títulos disputados com jogadores como Cristiano Ronaldo e Kaká, enquanto os dois holandeses disputaram a final da Liga dos Campeões e a vitória ficou com Sneijder.

Sneijder estreou pela seleção holandesa em um duelo com Portugal, em abril de 2003, e acumula 66 partidas pela equipe, tendo como maior destaque a participação na Eurocopa de 2008, quando comandou as vitórias por 3 a 0 sobre a Itália e por 4 a 1 contra a França.

Mas após a eliminação nas quartas de final da competição continental, o meio-campista ofensivo ficou fora de alguns jogos, mas voltou a participar na fase de preparação para a Copa do Mundo e tem sido o jogador mais decisivo da Holanda no torneio, com quatro gols marcados em cinco jogos.

ESTATÍSTICAS DE SNEIJDER NO MUNDIAL

Passes 35,2
Lançamentos 1,8
Finalizações 3,4
Dribles 1,8
Desarmes 6,8

Um dos poucos ambidestros na Copa do Mundo, Sneijder é o cérebro da equipe holandesa e se destaca pelos passes e a criação de jogadas para o time comandado por Bert van Marwijk.

Em um Mundial no qual Cristiano Ronaldo, Kaká, Messi e Rooney não foram brilhantes, Sneijder surge como um candidato a brigar pelo prêmio Bola de Ouro da competição com o seu desempenho, dependendo agora da campanha holandesa no restante da disputa, que depende da partida contra o Uruguai pela semifinal na terça-feira às 15h30 (de Brasília).

Diferentemente de Mundiais anteriores, quando a Holanda contava com jogadores mais badalados, Sneijder consegue ganhar destaque sem iniciar a Copa do Mundo com status de craque, como ocorreu nas gerações de Marco Van Basten, melhor jogador do mundo em 1992, e de Dennis Bergkamp, terceiro melhor jogador em 1993 e 1997, que ainda teve como melhor resultado a semifinal em 1998.

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